São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 2008

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Maiores países da Europa serão mais afetados, afirma FMI

MARCELO NINIO
DE GENEBRA

As principais economias da Europa serão as mais afetadas pela desaceleração que os países do continente já começam a apresentar, prevê o FMI (Fundo Monetário Internacional). Por trás da queda no crescimento estão a iminente recessão nos EUA, a inflação em alta, a valorização do euro e o encarecimento de matérias-primas.
Segundo o relatório sobre a economia européia divulgado ontem pelo FMI, o impacto será particularmente sentido pelas economias mais avançadas, entre elas as 15 que fazem parte da zona do euro, que devem crescer apenas 1,5% neste ano, contra 2,8% em 2007. A projeção para todo o continente em 2008 é de 2,6%, depois da taxa dos 3,9% do ano passado.
"Até agora a Europa se manteve relativamente resistente à desaceleração nos EUA e à turbulência financeira global, mas o retrospecto histórico sugere que esses fatores terão cada vez mais impacto", disse Michael Deppler, diretor do departamento europeu do FMI.
A economia alemã, a maior da Europa, será uma das mais afetadas, segundo o estudo, e crescerá apenas 1,4% neste ano e 1% em 2009, depois da expansão de 2,5% em 2007. A projeção também é pessimista para o Reino Unido, que deve cair dos 3,1% de 2007 para 1,6% em 2008 e 2009. Os piores números do continente são da Itália. O país que Silvio Berlusconi voltará a assumir em breve crescerá apenas 0,3% neste e no próximo ano, diz o FMI, contra 1,5% em 2007.
Depois do registro de 6,9% em 2007, a Europa "emergente", que inclui de Rússia e Turquia até Albânia, terá crescimento de 5,5% em 2008, uma taxa mais alta que a prevista para o Brasil (4,8%).


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