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Maiores países
da
Europa serão
mais afetados,
afirma FMI
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
As principais economias da
Europa serão as mais afetadas
pela desaceleração que os países do continente já começam a
apresentar, prevê o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Por trás da queda no crescimento estão a iminente recessão nos EUA, a inflação em alta,
a valorização do euro e o encarecimento de matérias-primas.
Segundo o relatório sobre a
economia européia divulgado
ontem pelo FMI, o impacto será particularmente sentido pelas economias mais avançadas,
entre elas as 15 que fazem parte
da zona do euro, que devem
crescer apenas 1,5% neste ano,
contra 2,8% em 2007. A projeção para todo o continente em
2008 é de 2,6%, depois da taxa
dos 3,9% do ano passado.
"Até agora a Europa se manteve relativamente resistente à
desaceleração nos EUA e à turbulência financeira global, mas
o retrospecto histórico sugere
que esses fatores terão cada vez
mais impacto", disse Michael
Deppler, diretor do departamento europeu do FMI.
A economia alemã, a maior
da Europa, será uma das mais
afetadas, segundo o estudo, e
crescerá apenas 1,4% neste ano
e 1% em 2009, depois da expansão de 2,5% em 2007. A projeção também é pessimista para o
Reino Unido, que deve cair dos
3,1% de 2007 para 1,6% em
2008 e 2009. Os piores números do continente são da Itália.
O país que Silvio Berlusconi
voltará a assumir em breve
crescerá apenas 0,3% neste e
no próximo ano, diz o FMI,
contra 1,5% em 2007.
Depois do registro de 6,9%
em 2007, a Europa "emergente", que inclui de Rússia e Turquia até Albânia, terá crescimento de 5,5% em 2008, uma
taxa mais alta que a prevista para o Brasil (4,8%).
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