São Paulo, terça-feira, 22 de abril de 2008

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Google se mantém como marca mais valiosa

Valor chega à US$ 86 bi; setor de tecnologia já representa um terço da cifra total das cem marcas mais importantes

Em 2008, valor total das marcas no ranking chegou a US$ 1,94 trilhão; GE é a 2ª colocada na lista, seguida da Microsoft e da Coca-Cola

JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL

Levantamento feito pela consultoria Millward Brown, especializada em pesquisas de mercado, revela que um terço das cem marcas mais valiosas do mundo pertence a empresas de tecnologia. O Google, com sua ferramenta de buscas pela internet, continua no topo da lista. Sua marca vale US$ 86 bilhões, alta de 30% em relação ao ano passado. Em 2006, ela estava em sétimo lugar, com US$ 37,4 bilhões. A GE é a segunda colocada, com US$ 71,4 bilhões (alta de 15%).
O setor de tecnologia destacou-se não só em número de empresas (28) mas também por registrar o maior crescimento, 55%, o que representou um acréscimo de US$ 187,5 bilhões ao valor total de suas marcas juntas.
Em 2007, as cem marcas mais valiosas somaram US$ 1,6 trilhão, montante que passou para US$ 1,94 trilhão em 2008, uma alta de 21%. Para fazer o cálculo, a consultoria -presente em 44 países- entrevistou aproximadamente 1 milhão de consumidores, cobrindo 50 mil marcas, e cruzou os resultados com os dados financeiros dessas companhias.
"O desempenho das firmas de tecnologia chama a atenção, mas ele não foi uma surpresa porque elas estão mais presentes não apenas no dia-a-dia dos consumidores mas em seu imaginário", afirma Valkiria Garré, diretora-executiva da Millward Brown no Brasil.
Isoladamente, a Blackberry, conhecida pelos smartphones (celulares inteligentes) que fizeram sucesso ao permitir a troca de e-mails, cresceu 390%, para US$ 13,7 bilhões.
A Apple, de Steve Jobs, subiu nove postos na lista, para o sétimo lugar. O efeito iPhone, o aparelho celular que navega pela internet, e o lançamento de produtos com design inovador fizeram a marca valer US$ 55,2 bilhões, uma alta de 123%.
Esse é mais um capítulo curioso na disputa entre Jobs e Bill Gates, da Microsoft, que continua estável na terceira colocação, com um crescimento de 29% em valor de marca, estimada em US$ 70,9 bilhões.
A fabricante de celulares Nokia foi outra que se destacou. "Primeiro ela voltou-se aos aparelhos de baixo custo, ganhando a Índia e a China", diz Garré. "Depois, entrou com força na venda de conteúdos de valor agregado na internet, como uma loja virtual de música." Resultado: alta de 39%, batendo em US$ 44 bilhões.

Lucro pela marca
"O ranking deste ano demonstra a importância do investimento nas marcas, especialmente em tempos de turbulência", diz Joanna Seddon, principal executiva da Millward Brown. "Marcas fortes geram retorno superior e protegem os negócios de riscos."
Segundo a pesquisa, é possível determinar até quanto da lucratividade das empresas é fruto da força de sua marca. Para isso, a Millward Brown criou uma escala que vai de 1 a 5. A pontuação 1 representa pouco impacto da marca na geração de lucro, e 5, o peso máximo.
"Uma grife de luxo não sobrevive sem uma marca forte", diz Garré. É o caso da Louis Vuitton, 19ª no ranking, avaliada em US$ 25,7 bilhões. Na lista da lucratividade, ela aparece com 5 pontos.
A Coca-Cola também depende bastante de sua marca para o sucesso das vendas. Sua pontuação é 4. Empresas de tecnologia, como o Google, a Microsoft e a Apple, são menos dependentes e estão empatadas com 3 pontos.

NA INTERNET www.folha.com.br/081123
Confira a lista completa das cem marcas mais valiosas do mundo


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