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Google se mantém como marca mais valiosa
Valor chega à US$ 86 bi; setor de tecnologia já representa um terço da cifra total das cem marcas mais importantes
Em 2008, valor total das
marcas no ranking chegou
a US$ 1,94 trilhão; GE é a
2ª colocada na lista, seguida
da Microsoft e da Coca-Cola
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
Levantamento feito pela
consultoria Millward Brown,
especializada em pesquisas de
mercado, revela que um terço
das cem marcas mais valiosas
do mundo pertence a empresas
de tecnologia. O Google, com
sua ferramenta de buscas pela
internet, continua no topo da
lista. Sua marca vale US$ 86 bilhões, alta de 30% em relação
ao ano passado. Em 2006, ela
estava em sétimo lugar, com
US$ 37,4 bilhões. A GE é a segunda colocada, com US$ 71,4
bilhões (alta de 15%).
O setor de tecnologia destacou-se não só em número de
empresas (28) mas também
por registrar o maior crescimento, 55%, o que representou
um acréscimo de US$ 187,5 bilhões ao valor total de suas
marcas juntas.
Em 2007, as cem marcas
mais valiosas somaram US$ 1,6
trilhão, montante que passou
para US$ 1,94 trilhão em 2008,
uma alta de 21%. Para fazer o
cálculo, a consultoria -presente em 44 países- entrevistou
aproximadamente 1 milhão de
consumidores, cobrindo 50 mil
marcas, e cruzou os resultados
com os dados financeiros dessas companhias.
"O desempenho das firmas
de tecnologia chama a atenção,
mas ele não foi uma surpresa
porque elas estão mais presentes não apenas no dia-a-dia dos
consumidores mas em seu imaginário", afirma Valkiria Garré,
diretora-executiva da Millward
Brown no Brasil.
Isoladamente, a Blackberry,
conhecida pelos smartphones
(celulares inteligentes) que fizeram sucesso ao permitir a
troca de e-mails, cresceu 390%,
para US$ 13,7 bilhões.
A Apple, de Steve Jobs, subiu
nove postos na lista, para o sétimo lugar. O efeito iPhone, o
aparelho celular que navega pela internet, e o lançamento de
produtos com design inovador
fizeram a marca valer US$ 55,2
bilhões, uma alta de 123%.
Esse é mais um capítulo curioso na disputa entre Jobs e
Bill Gates, da Microsoft, que
continua estável na terceira colocação, com um crescimento
de 29% em valor de marca, estimada em US$ 70,9 bilhões.
A fabricante de celulares Nokia foi outra que se destacou.
"Primeiro ela voltou-se aos
aparelhos de baixo custo, ganhando a Índia e a China", diz
Garré. "Depois, entrou com
força na venda de conteúdos de
valor agregado na internet, como uma loja virtual de música."
Resultado: alta de 39%, batendo em US$ 44 bilhões.
Lucro pela marca
"O ranking deste ano demonstra a importância do investimento nas marcas, especialmente em tempos de turbulência", diz Joanna Seddon,
principal executiva da Millward Brown. "Marcas fortes geram retorno superior e protegem os negócios de riscos."
Segundo a pesquisa, é possível determinar até quanto da
lucratividade das empresas é
fruto da força de sua marca. Para isso, a Millward Brown criou
uma escala que vai de 1 a 5. A
pontuação 1 representa pouco
impacto da marca na geração
de lucro, e 5, o peso máximo.
"Uma grife de luxo não sobrevive sem uma marca forte",
diz Garré. É o caso da Louis
Vuitton, 19ª no ranking, avaliada em US$ 25,7 bilhões. Na lista
da lucratividade, ela aparece
com 5 pontos.
A Coca-Cola também depende bastante de sua marca para o
sucesso das vendas. Sua pontuação é 4. Empresas de tecnologia, como o Google, a Microsoft e a Apple, são menos dependentes e estão empatadas
com 3 pontos.
NA INTERNET
www.folha.com.br/081123
Confira a lista completa das
cem marcas mais valiosas do
mundo
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