DE WASHINGTON

O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, e o negociador comercial brasileiro, Clodoaldo Hugueney, chegaram ontem aos EUA para cumprir uma agenda repleta de "reclamações".
Durante reunião com a secretária de Agricultura dos EUA, Ann Venemann, Pratini queixou-se dos prejuízos do Brasil com a "farm bill", a nova lei agrícola aprovada pelo Congresso local.
"Disse a ela que a lei pode causar prejuízos de US$ 2,4 bilhões ao ano à agricultura brasileira, sendo US$ 1,6 bilhão anual desse total só devido à soja", disse Pratini.
O ministro também reclamou da demora para a abertura do mercado dos EUA para as exportações brasileiras de carne bovina "in natura", uma reivindicação feita por ele desde que assumiu o cargo, em 19 de julho de 1999. Até agora, os esforços brasileiros não obtiveram quaisquer resultados.
Hugueney participa hoje da segunda reunião do Mecanismo de Consulta Bilateral, criado em 2001 pelos governos brasileiro e norte-americano.
Além das restrições à importação de aço, Hugueney reclamará da decisão dos EUA de pôr o Brasil na "lista prioritária" dos países que dificultam o registro de patentes e permitem a pirataria de produtos. "O Brasil melhorou seu combate à pirataria e não merecia ser colocado nessa lista."



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