São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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ENERGIA

Combustível pode ter ajuste mais frequente

SANDRA BALBI
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

O consumidor deve se preparar para ver o preço da gasolina oscilar, para cima e para baixo, ao sabor dos preços internacionais dos derivados de petróleo.
Segundo Alípio Ferreira Pinto Júnior, gerente-geral de comércio interno da Petrobras, "pode ser uma tendência, no futuro, a empresa fazer reajustes mais frequentes nos preços dos derivados". Mas, segundo ele, até junho deve ser mantida a sistemática de reajustes quinzenais para o diesel e até julho para a gasolina.
Ferreira Pinto falou ontem sobre a política de preços da Petrobras durante o 9º Congresso Brasileira de Energia, realizado no Rio. Ele divulgou pesquisa feita por consultoria contratada pela Petrobras que mostra haver grande oscilação de preços nos derivados de petróleo nos mercados abertos e competitivos.
A pesquisa abrangeu empresas da Argentina, dos EUA e da Inglaterra, onde as refinarias acompanham a oscilação do preço do petróleo. Os resultados mostram que 14% delas reajustam seus preços a cada 15 dias, como vem fazendo a Petrobras neste ano.
Já 43% das refinarias fazem os ajustes de preço um dia depois da oscilação do petróleo e outras 43% no mesmo dia. Ferreira Pinto disse que pequenas variações de preços na refinaria não chegariam imediatamente ao consumidor.
Segundo Ferreira Pinto, a Petrobras está no início de uma abertura, saindo de um mercado fechado para um competitivo, e "a sistemática atual de reajustes quinzenais foi adotada para a população se acostumar com o novo modelo". No final da tarde, a Petrobras distribuiu nota em que informa não estar estudando reajustes diários dos combustíveis.



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