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MERCADO ABERTO
Guilherme Barros
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Diretor do Iedi vai para Ministério da Fazenda
Um dos maiores críticos da
política monetária do Banco
Central, o economista Júlio
Sérgio Gomes de Almeida,
atualmente diretor-executivo
do Iedi (Instituto de Estudos
para o Desenvolvimento Industrial), será o mais novo integrante da equipe do ministro da
Fazenda, Guido Mantega.
Ele irá ocupar o cargo de secretário de Política Econômica,
vago desde que Bernard Appy
saiu para ocupar a Secretaria-Executiva do ministério.
Num de seus últimos trabalhos para o Iedi, concluído na
semana passada, Gomes de Almeida volta a atacar a sobrevalorização do câmbio e diz que
essa situação já começa a provocar conseqüências dramáticas sobre a economia. Entre
elas, a desindustrialização.
O economista diz que a causa
fundamental dessa valorização
está nos juros excessivamente
elevados que são praticados no
país. "Precisamos reduzir os juros ao lado da adoção de medidas de maior eficácia do que as
ações até agora implementadas
pelo BC em suas intervenções
no mercado cambial."
No documento, que foi distribuído em Brasília, o economista chama a atenção para o
processo de internacionalização que está ocorrendo no país.
Ele diz que várias empresas
brasileiras estão procurando
em outros países as condições
adequadas para produzir (em
termos de câmbio, juros, tributação, infra-estrutura etc), as
quais não encontram no Brasil.
A internacionalização estaria
ocorrendo para compensar as
perdas com a sobrevalorização
cambial. "Ao invés de indicar
um proveitoso e benéfico potencial empresarial brasileiro,
a internacionalização das nossas empresas vem sendo ultimamente alimentada de forma
crescente por uma motivação
que reflete não nossas vantagens e pontos fortes, mas, sim,
nossas fraquezas e artificiais
desvantagens competitivas."
Gomes de Almeida contesta a
afirmação de que a valorização
cambial ainda não teve efeito
negativo na economia. "Já teve,
e muito, diga-se de passagem."
O economista afirma que,
com a cotação do dólar perdendo rapidamente valor diante do
real, o país está vivenciando um
verdadeiro colapso da competitividade do produto nacional.
Segundo ele, esse colapso ainda
não se traduziu em queda do
valor exportado porque os preços das commodities e a grande
demanda de produtos básicos
vêm beneficiando sobremaneira a manutenção do valor das
vendas externas.
Gomes de Almeida afirma
que, embora as repercussões
negativas do câmbio valorizado
já se façam presentes, pode haver conseqüências adversas
muito mais graves, caso a situação não seja revertida. "Muitas
empresas não renovarão seus
contratos de exportação", diz.
OÁSIS MAIS DOCE
Depois de 40 anos de atividade, a Brunella passa a investir em centros de negócios. Acaba de abrir uma unidade no Centro Empresarial São Paulo, onde o espaço, segundo a executiva do grupo que administra a rede, Márcia
Camargo, funciona como local para relaxamento. "A idéia
é levar um pouco do espírito de confeitaria para um ambiente mais árido", diz. A estratégia é uma das mais importantes ações da nova administração, que pretende levar lojas da doçaria também a shoppings centers.
COMANDO INTEGRADO
Uma agência mais agressiva e multidisciplinar. Essa é a
nova cara da McCann Erickson Brasil, pouco mais de seis
meses depois da saída de Jens Olesen, que comandava a
agência havia quase 30 anos. Uma das primeiras medidas foi
a criação de grupos de trabalho com profissionais de diferentes disciplinas, como "advertising", internet e marketing
direto, para a integração do trabalho, diz Adriana Cury,
"chairwoman" e diretora-executiva de criação. A nova "filosofia", que objetiva explorar melhor cada canal, tem sido levada tão a sério que foi implantado ainda uma espécie de
mesão no qual os diretores de cada área irão trabalhar, incluindo Adriana e Julio Castellanos, CEO da agência. Os primeiros resultados corroboram as mudanças: o faturamento
subiu 15% no primeiro quadrimestre do ano, meta estipulada para ser atingida no final de 2006. "A receptividade tem
sido unânime, os clientes hoje estão convencidos da necessidade e mais preparados para investir e trabalhar projetos
em diferentes formas de comunicação", diz Castellanos.
RIO NA MODA
O Fashion Business, um
dos maiores eventos de negócios de moda do país, prevê receber mais de 5.000 lojistas na próxima edição, de
6 a 11 de junho, no Rio. Mais
de 150 grifes estarão presentes na Marina da Glória.
ONDA SAUDÁVEL
A onda da alimentação
saudável continua. A Perdigão apresenta hoje ao mercado uma pizza produzida à
base de carne de soja.
FLUXO MAIOR
Um ano após a Cúpula
América do Sul/Países Árabes, o fluxo comercial entre
o Brasil e as nações desse
bloco atingiu US$ 11,2 bilhões no acumulado em 12
meses, alta de 35% em relação ao período imediatamente anterior, segundo a
Câmara do Comércio Árabe
Brasileira. Importações e
exportações subiram também cerca de 35%, e o agronegócio continua como o
"carro-chefe" nas vendas
brasileiras aos árabes.
MAIS TENSÃO
Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência,
aposta suas fichas na volta à
TV para aumentar seus índices de intenção de voto, mas
ainda não será nesta semana
que a situação irá melhorar
para o seu lado, destaca relatório do banco Santander. Já
o presidente Lula conta com
dois programas do PT: um
hoje, em rede estadual, e outro na quinta-feira, em nacional. Alckmin terá uma
chance no dia 29 deste mês,
nos Estados, e em cadeia nacional, apenas no dia 22 de
junho, durante a Copa.
GOVERNANÇA
Eduardo Bernini (AES
Eletropaulo), Francisco
Gros e Henri Reichstul (ex-Petrobras) serão alguns dos
participantes de evento no
dia 30, em SP, sobre governança corporativa em estatais, realizado pela GVlaw.
MATA ATLÂNTICA
Carlos Rodriguez, ex-ministro da Costa Rica, é um
dos convidados da Fundação SOS Mata Atlântica para
o Viva Mata, em comemoração ao Dia da Mata Atlântica, dos dias 26 a 28, em SP.
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