São Paulo, sexta-feira, 22 de maio de 2009

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Seguro-desemprego extra inclui mais 216 mil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo deve estender a 216.500 trabalhadores demitidos em razão da crise internacional a ampliação em duas parcelas do seguro-desemprego. Do total, 73.360 foram dispensados em janeiro, e o restante, em dezembro.
A nova rodada de parcelas extras deverá custar ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) R$ 263,7 milhões.
O Ministério do Trabalho já havia proposto o benefício adicional a 103.707 trabalhadores demitidos em dezembro. Com a pressão das centrais sindicais, ampliou a medida. Ao todo, agora serão contemplados 320.207 desempregados. Desde novembro, 647.313 vagas formais foram fechadas no país.
"A nossa intenção é que, com isso, tenhamos finalizado essa ampliação [das parcelas adicionais do seguro-desemprego], porque já começamos, a partir de fevereiro, a ter resultados positivos na geração de empregos", disse o ministro Carlos Lupi (Trabalho).
Os dez setores mais atendidos são: alimentação e bebidas (45.290), comércio varejista (38.304), metalurgia (24.927), agricultura (18.693), indústria mecânica (13.468), indústria têxtil (12.622), setor elétrico e comunicação (11.372), indústria química (10.476), material de transporte (9.412), madeira e mobiliário (8.556) e borracha, fumo e couro (5.261).
Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os que concentram a maior parte dos demitidos que receberão as parcelas adicionais.
A lei do seguro-desemprego já permite o pagamento de duas parcelas adicionais em casos de desvio no índice médio de demissões. O benefício extra, no entanto, precisa ser aprovado pelo Codefat (Conselho Deliberativo do FAT), que deverá analisar a proposta do ministério no próximo dia 27.
O FAT dispõe de até R$ 2,2 bilhões neste ano para fazer o pagamento das prestações adicionais do seguro-desemprego. As parcelas regulares do benefício variam de três a cinco, dependendo do tempo de trabalho do empregado na empresa. O valor das mensalidades vai de R$ 465 a R$ 870 -conforme o valor do salário do demitido.
Segundo dados do Siafi (sistema informatizado de acompanhamento dos gastos federais), as despesas com o pagamento de seguro-desemprego tiveram um crescimento de 37,66% entre novembro e abril.


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