|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Seguro-desemprego extra inclui mais 216 mil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo deve estender a
216.500 trabalhadores demitidos em razão da crise internacional a ampliação em duas
parcelas do seguro-desemprego. Do total, 73.360 foram dispensados em janeiro, e o restante, em dezembro.
A nova rodada de parcelas extras deverá custar ao FAT
(Fundo de Amparo ao Trabalhador) R$ 263,7 milhões.
O Ministério do Trabalho já
havia proposto o benefício adicional a 103.707 trabalhadores
demitidos em dezembro. Com
a pressão das centrais sindicais,
ampliou a medida. Ao todo,
agora serão contemplados
320.207 desempregados. Desde novembro, 647.313 vagas
formais foram fechadas no
país.
"A nossa intenção é que, com
isso, tenhamos finalizado essa
ampliação [das parcelas adicionais do seguro-desemprego],
porque já começamos, a partir
de fevereiro, a ter resultados
positivos na geração de empregos", disse o ministro Carlos
Lupi (Trabalho).
Os dez setores mais atendidos são: alimentação e bebidas
(45.290), comércio varejista
(38.304), metalurgia (24.927),
agricultura (18.693), indústria
mecânica (13.468), indústria
têxtil (12.622), setor elétrico e
comunicação (11.372), indústria química (10.476), material
de transporte (9.412), madeira
e mobiliário (8.556) e borracha,
fumo e couro (5.261).
Os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são
os que concentram a maior
parte dos demitidos que receberão as parcelas adicionais.
A lei do seguro-desemprego
já permite o pagamento de duas
parcelas adicionais em casos de
desvio no índice médio de demissões. O benefício extra, no
entanto, precisa ser aprovado
pelo Codefat (Conselho Deliberativo do FAT), que deverá analisar a proposta do ministério
no próximo dia 27.
O FAT dispõe de até R$ 2,2
bilhões neste ano para fazer o
pagamento das prestações adicionais do seguro-desemprego.
As parcelas regulares do benefício variam de três a cinco, dependendo do tempo de trabalho do empregado na empresa.
O valor das mensalidades vai de
R$ 465 a R$ 870 -conforme o
valor do salário do demitido.
Segundo dados do Siafi (sistema informatizado de acompanhamento dos gastos federais), as despesas com o pagamento de seguro-desemprego
tiveram um crescimento de
37,66% entre novembro e abril.
Texto Anterior: Sem casa: Grávida espera 9 horas, mas não consegue comprar Próximo Texto: Sem caixa, Chávez busca ajuda do BNDES Índice
|