LORENNA RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Arthur Badin, desistiu de ter o mandato renovado.
Alegando motivos pessoais, ele recusou convite feito pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e permanecerá no conselho somente até novembro, quando termina seu período na presidência. Pela legislação, o mandato poderia ser renovado por mais dois anos.
Badin disse que a decisão foi tomada principalmente por questões familiares: sua mulher mora em São Paulo com o filho, de seis meses.
Também pesou a questão financeira. À frente do Cade, Badin ganha menos do que recebia na iniciativa privada, há sete anos. Segundo dados do Ministério do Planejamento, a remuneração do cargo varia de R$ 13 mil a R$ 19 mil. A tendência é que ele volte a advogar em 2011.
Badin disse ainda que cumpriu seu ciclo no Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, onde foi advogado, chefe de gabinete da SDE (Secretaria de Direito Econômico), de 2003 a 2005, e procurador-geral do Cade, de 2006 a 2008.
Ontem, Lula pediu ao Senado a recondução de três conselheiros do Cade, Carlos Ragazzo, Olavo Chinaglia e Vinícius Carvalho, cujos mandatos vencem neste ano.


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