São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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EXPANSÃO

Plano é elevar utilização do oeste da BA; produtores pedem melhorias

Estado quer avançar área plantada

RENATO FRANZINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LUÍS EDUARDO MAGALHÃES

O governo da Bahia planeja duplicar a área plantada no oeste do Estado, região que não estava no mapa agrícola do Brasil no início dos anos 80 e que neste ano produzirá 4,5% da soja e 19% do algodão nacionais.
Mas os produtores locais dizem que a expansão da área cultivada só será viável se o governo resolver o gargalo do escoamento da safra -que hoje é feito por estradas federais e estaduais esburacadas- até o porto de Ilhéus, a mais de 1.000 km de distância da produção.
"A estrada está acabada. Nosso frete é 40% mais caro do que numa estrada boa", diz Humberto Santa Cruz Filho, presidente da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), que reúne os principais produtores do Estado.
De acordo com a Aiba, a área de cultivo no oeste da Bahia atingiu neste ano 1,36 milhão de hectares, dos quais cerca de 280 mil hectares estão em Luís Eduardo Magalhães.
O secretário da Agricultura da Bahia, Pedro Barbosa de Deus, disse que há 500 mil hectares não explorados de cerrado, "com terras com excelente aptidão para a agricultura", no norte da região oeste, e ao menos 1 milhão de hectares mais ao sul.
Segundo ele, o governo está elaborando um plano diretor para ocupar essa área -que, segundo produtores e técnicos ouvidos pela Agência Folha, tem solo adequado, mas possui menos disponibilidade de água e fica mais longe de estradas e redes de energia.
Além disso, a preocupação ambiental é maior hoje do que há 20 anos.


O jornalista Renato Franzini viajou a convite da Secretaria da Agricultura da Bahia


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