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EXPANSÃO
Plano é elevar utilização do oeste da BA; produtores pedem melhorias
Estado quer avançar área plantada
RENATO FRANZINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LUÍS EDUARDO
MAGALHÃES
O governo da Bahia planeja
duplicar a área plantada no oeste do Estado, região que não estava no mapa agrícola do Brasil
no início dos anos 80 e que neste
ano produzirá 4,5% da soja e
19% do algodão nacionais.
Mas os produtores locais dizem que a expansão da área cultivada só será viável se o governo resolver o gargalo do escoamento da safra -que hoje é feito por estradas federais e estaduais esburacadas- até o porto
de Ilhéus, a mais de 1.000 km de
distância da produção.
"A estrada está acabada. Nosso frete é 40% mais caro do que
numa estrada boa", diz Humberto Santa Cruz Filho, presidente da Aiba (Associação de
Agricultores e Irrigantes da Bahia), que reúne os principais
produtores do Estado.
De acordo com a Aiba, a área
de cultivo no oeste da Bahia
atingiu neste ano 1,36 milhão de
hectares, dos quais cerca de 280
mil hectares estão em Luís
Eduardo Magalhães.
O secretário da Agricultura da
Bahia, Pedro Barbosa de Deus,
disse que há 500 mil hectares
não explorados de cerrado,
"com terras com excelente aptidão para a agricultura", no norte da região oeste, e ao menos 1
milhão de hectares mais ao sul.
Segundo ele, o governo está
elaborando um plano diretor
para ocupar essa área -que, segundo produtores e técnicos
ouvidos pela Agência Folha,
tem solo adequado, mas possui
menos disponibilidade de água
e fica mais longe de estradas e
redes de energia.
Além disso, a preocupação
ambiental é maior hoje do que
há 20 anos.
O jornalista Renato Franzini viajou a
convite da Secretaria da Agricultura
da Bahia
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