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INFRA-ESTRUTURA
Estrada que vai cortar a América do Sul liga o Brasil ao Peru; resultado de concorrência sai amanhã
Brasileiros disputam eixo Atlântico-Pacífico
JANAÍNA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco consórcios foram pré-qualificados ontem pelo governo
peruano para a construção da Eixo Rodoviário Interoceânico Sul,
estrada que corta o continente
com a pretensão de ligar os oceanos Pacífico e Atlântico. Entre os
interessados, estão quatro empresas brasileiras: Andrade Gutierrez, Queiróz Galvão, Camargo
Corrêa e Odebrecht.
Além delas, disputam a licitação
empreiteiras do México, do Peru,
do Equador e da Suécia. O resultado será conhecido amanhã. Ganhará a concorrência quem oferecer um valor mais alto para explorar a concessão.
O Eixo Interoceânico tem 2.603
quilômetros de extensão e liga Peru e Brasil. O projeto tem a intenção de criar um corredor de exportação entre os portos de Santos, no litoral do Estado de São
Paulo, e Ilo, Matarani e Marconi,
na costa peruana.
Para tanto, segundo informações que constam no edital de
concorrência, serão necessários
investimentos da ordem de US$
892 milhões, equivalentes a cerca
de R$ 2,2 bilhões.
O projeto está dividido em cinco trechos. A pré-qualificação
anunciada ontem vale para três,
todos em território peruano: Urcos-Ponte Inambari; Puente
Inambari-Inhapari e Ponte Inambari-Azángaro. Juntos, representam cerca de 1.009 quilômetros.
De acordo com o edital, o governo peruano está disposto a avalizar para os ganhadores uma linha
de crédito com instituições multilaterais, no valor de US$ 200 milhões (mais ou menos R$ 500 milhões). O objetivo é garantir o início imediato das obras.
Prazo
A concessão do Eixo Interoceânico será outorgada por 25 anos.
Quem ganhar a licitação levará
consigo a responsabilidade pela
construção, pela operação e pela
manutenção da estrada.
O diretor-executivo da ProInversion, órgão peruano responsável pela licitação da obra, René
Cornejo, informou que esse é o
maior projeto de asfaltamento da
história do Peru.
Segundo Cornejo, a execução
do Eixo-Rodoviário atraiu vários
interessados devido à magnitude
do empreendimento.
O plano para levar adiante o
corredor que liga os oceanos Pacífico e Atlântico foi lançado em
2004 pelos presidentes do Brasil,
Luiz Inácio Lula da Silva, e do Peru, Alejandro Toledo. A expectativa de ambos era o incremento do
comércio sul-americano, além da
facilitação das exportações dos
dois países.
Os brasileiros
Dos consórcios pré-qualificados, um conta com três empresas
brasileiras. É o Intersur, composto pelas empreiteiras Andrade
Gutierrez, Queiróz Galvão e Camargo Corrêa.
Outro grupo é integrado pela
brasileira Odebrecht, em parceria
com os peruanos Grana y Montero, JJC Contratistas Generales e
Ingenieros Civiles y Contratistas
Generales.
A construtora sueca Skanska
Bot uniu-se à mexicana Operación y Conservación de Autopistas Concesionadas. Outra companhia do México, a Ingenieros Civiles Asociados, preferiu disputar
a concorrência sozinha.
Por fim, há os equatorianos
Constructora Hidalgo y Hidalgo e
Conorte, aliados à peruana Construcción y Administración.
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