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São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

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BEZERRO DE PROVETA

Técnica apresenta alta produtividade

Fecundação "in vitro" conserva características genéticas do gado

VINICIUS ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL

Criadores brasileiros de gado já utilizam a técnica de fecundação "in vitro" -FIV. A principal vantagem é que ela preserva as características genéticas do animal. Por isso, é usada mais no chamado gado "de elite": reprodutores (touros) ou matrizes (vacas). A técnica, porém, esbarra em um obstáculo: custa mais caro do que outras, como a inseminação artificial e a transferência de embriões.
Segundo José Olavo Jr., diretor do Centro de Reprodução Animal do Hospital Veterinário de Uberaba (MG), uma das vantagens do processo é o maior aproveitamento dos ovócitos (células que dão origem ao óvulo) da vaca. Durante o cio, quando a vaca é fecundada naturalmente, apenas um dos ovócitos é utilizado. A FIV amplia essa quantidade. "Dos oito ou nove bezerros que a vaca pode gerar durante a vida, é possível chegar a até 45 por ano."
O processo custa ao todo cerca de R$ 700, diz o veterinário. Nos custos estão incluídas: a aspiração folicular (extração dos ovócitos do ovário da vaca), a produção de embriões no laboratório e a inovulação (transferência do embrião para a vaca receptora). Em média, cada vaca dá 12 ovócitos e cerca de 30% dos embriões produzidos se tornam prenhezes.
A transferência de embriões, outra técnica de fertilização utilizada, pode custar R$ 400 de mão-de-obra. Hormônios e equipamento custam mais R$ 300. Mas a FIV leva vantagem, pois há uma diluição do custo devido ao aproveitamento maior dos ovócitos.
A FIV, porém, só é vantajosa quando feita em vacas com histórico de serem "boas mães".


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