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BEZERRO DE PROVETA
Técnica apresenta alta produtividade
Fecundação "in vitro" conserva características genéticas do gado
VINICIUS ALBUQUERQUE
DA REPORTAGEM LOCAL
Criadores brasileiros de gado já
utilizam a técnica de fecundação
"in vitro" -FIV. A principal vantagem é que ela preserva as características genéticas do animal. Por
isso, é usada mais no chamado gado "de elite": reprodutores (touros) ou matrizes (vacas). A técnica, porém, esbarra em um obstáculo: custa mais caro do que outras, como a inseminação artificial e a transferência de embriões.
Segundo José Olavo Jr., diretor
do Centro de Reprodução Animal
do Hospital Veterinário de Uberaba (MG), uma das vantagens do
processo é o maior aproveitamento dos ovócitos (células que
dão origem ao óvulo) da vaca.
Durante o cio, quando a vaca é fecundada naturalmente, apenas
um dos ovócitos é utilizado. A
FIV amplia essa quantidade. "Dos
oito ou nove bezerros que a vaca
pode gerar durante a vida, é possível chegar a até 45 por ano."
O processo custa ao todo cerca
de R$ 700, diz o veterinário. Nos
custos estão incluídas: a aspiração
folicular (extração dos ovócitos
do ovário da vaca), a produção de
embriões no laboratório e a inovulação (transferência do embrião para a vaca receptora). Em
média, cada vaca dá 12 ovócitos e
cerca de 30% dos embriões produzidos se tornam prenhezes.
A transferência de embriões,
outra técnica de fertilização utilizada, pode custar R$ 400 de mão-de-obra. Hormônios e equipamento custam mais R$ 300. Mas a
FIV leva vantagem, pois há uma
diluição do custo devido ao aproveitamento maior dos ovócitos.
A FIV, porém, só é vantajosa
quando feita em vacas com histórico de serem "boas mães".
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