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Medida eleva cotação
das moedas asiáticas
DA REDAÇÃO
O abandono da vinculação do
yuan à cotação do dólar desencadeou um processo de valorização
das moedas asiáticas e levou a
mudanças nos regimes cambiais
de outros países da região.
A Malásia foi o primeiro a seguir a China e anunciou o fim do
atrelamento ao dólar de sua moeda, o ringgit, e a adoção de um regime de flutuação.
No Japão, o iene registrou ontem a maior valorização em relação ao dólar em três anos, 2,1%.
Na abertura do mercado japonês
hoje, o iene continuava subindo.
A Bolsa de Tóquio estava nesta
manhã em queda, porém, já que a
moeda mais cara pode diminuir a
competitividade das exportações
japonesas.
"A valorização do yuan implica
que outros Bancos Centrais asiáticos poderão permitir um certo nível de alta em suas moedas", disse
Osamu Takashima, analista-chefe
em Tóquio do Bank of Tokyo-Mitsubishi, o segundo maior banco do Japão.
Na opinião de analistas do Bank
of America e do JP Morgan Chase,
o won da Coréia do Sul e o dólar
de Taiwan são as moedas asiáticas
que mais subirão após a China ter
encerrado seu regime de câmbio
fixo em relação ao dólar.
Em 2004, a China comprou 37%
do total dos produtos exportados
por Taiwan e 20% das vendas externas da Coréia do Sul, o que a
torna o maior mercado externo
dos dois países. As exportações
respondem por quase 40% da
economia sul-coreana e por cerca
de metade do PIB de Taiwan.
"As autoridades sul-coreanas
terão dificuldades em evitar a alta
do won", disse Uwe Papart, estrategista-sênior do mercado do
Bank of America de Hong Kong.
O diretor de Relações Internacionais do Fundo Monetário Internacional, Thomas Dawson,
afirmou que a maior flexibilidade
aumentará a capacidade do governo chinês de gerir a economia.
Já o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, avaliou que a mudança vai
contribuir para a estabilidade financeira global. "A comunidade
internacional considerou que o
movimento em direção à maior
flexibilidade é desejável para o
melhor funcionamento da economia global", declarou.
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