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Chávez vira cabo eleitoral de Lula; Fidel entra em atrito com repórteres
DOS ENVIADOS A CÓRDOBA
Ao assumir ontem a presidência do Mercosul, o presidente e candidato à reeleição,
Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu um apoio público do colega venezuelano por mais
quatro anos de mandato no
Palácio do Planalto. A declaração de Hugo Chávez ocorreu
em fala na reunião de cúpula
do bloco sul-americano.
Primeiro, Chávez tentou
demonstrar resistência para
tratar da eleição brasileira, o
que já havia feito em outras
oportunidades diante de Lula.
"Eu não quero falar de eleição
[no Brasil], porque sempre me
acusam de ingerência [em outros países]."
Instantes depois, porém,
não resistiu. "A eleição no
Brasil será em outubro? Primeiro de outubro? Então ganha Lula, ganha Lula", disse o
agitado venezuelano, arrancando risos de Lula e aplausos
dos demais presentes.
Mas o clima de descontração durante a reunião contrastou com o tumulto ocorrido minutos antes, quando os
presidentes participantes do
encontro do Mercosul se reuniram numa sala do complexo
de convenções para a foto oficial do evento.
Alguns deles, como o argentino Néstor Kirchner, tiveram
de deixar o local arrastados
por seus seguranças, assim
que um batalhão de cerca de
300 profissionais de imagem,
entre fotógrafos e cinegrafistas, foi autorizado a entrar no
local. O salão, já cheio por
conta de presidentes, assessores e seguranças, ficou superlotado.
Houve empurra-empurra,
bandeiras dos países foram jogadas ao chão e até o ditador
cubano, Fidel Castro, tentou
intervir. Cercado por seguranças, o presidente de Cuba
se aproximou de um grupo de
fotógrafos e disse: "Se vocês
não se organizarem, vou embora daqui".
Ninguém se organizou, e Fidel ainda discutiu com um repórter que lhe questionou sobre eventuais eleições na ilha.
"Quem pediu para você fazer
essa pergunta? Você é um
mercenário."
(ES E FM)
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