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Grupo forma cooperativa para reciclar óleo de cozinha em SP
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Há três anos, um grupo de 23
amigos -alguns deles desempregados- se reuniu para
montar, em Campinas (a 95 km
de São Paulo), uma das primeiras cooperativas do país que
produz biocombustível a partir
de óleo de cozinha reciclado.
Hoje a iniciativa envolve a prefeitura, restaurantes, condomínios e moradores na coleta diária do óleo usado em frituras.
A idéia de montar uma cooperativa para produzir biocombustível a partir do óleo de cozinha nasceu por acaso, quando o
grupo pesquisava como fazer
reciclagem de alumínio.
"Começamos a pesquisar o
biodiesel só para alimentar os
fornos na reciclagem de alumínio. Foi aí que descobrimos o
biocombustível a partir do óleo
de cozinha. Fizemos um projeto e o apresentamos à prefeitura", disse Sidney Roberto Morelli, 53, presidente da Cooperativa Remodela. Ele é formado
em física e estava sem emprego.
Hoje, a cooperativa produz
entre 16 mil litros e 20 mil litros
de biocombustível por mês e
passa por reformas para produzir até 40 mil litros mensais.
"A idéia da cooperativa é,
além de dar empregos, evitar a
contaminação ambiental com o
despejo do óleo de cozinha nos
aterros sanitários e na rede de
esgoto", disse Morelli, que não
quis informar o rendimento.
Além de evitar a poluição, o
biocombustível do óleo de cozinha não emite enxofre, e o gás
carbônico liberado na combustão não é considerado nocivo à
camada de ozônio.
Ele não é usado para abastecer veículos, mas vendido para
outras cooperativas usarem em
fornos no lugar do diesel. O litro custa, em média, R$ 1,80.
A Remodela está buscando
certificação da ANP (Agência
Nacional do Petróleo) para poder vender o produto para
abastecimento veicular.
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