São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2008

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Indústria de material de construção bate recorde de vendas no semestre

Setor vive melhor ciclo de crescimento dos últimos 25 anos, segundo o setor

Danilo Verpa - 10.out.07/Folha Imagem
Funcionários de obra na zona leste de São Paulo; setor de material de construção tem recordes

AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

O atual ciclo de expansão da indústria brasileira de material de construção já é o maior dos últimos 25 anos. O setor vive há dois anos com altas ininterruptas de vendas. Segundo o presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), Melvyn David Fox, o encerramento do primeiro semestre de 2008 levou o setor a rever as projeções de crescimento do faturamento neste ano de 15% para 18% sobre o resultado de 2007.
Isso deve elevar as receitas do conjunto da indústria a R$ 92,4 bilhões, cifra R$ 13 bilhões superior à obtida em 2007.
No primeiro semestre, a indústria faturou 28,2% mais que em igual período do ano passado, atingindo R$ 45 bilhões. Os dados do chamado Índice Abramat -que acompanha mensalmente a evolução de faturamento da indústria fabricante de material de construção- foram anunciados ontem.
"Em junho, completamos 25 meses de expansão seguida das vendas. É um ciclo de crescimento consistente que não víamos há pelo menos 25 anos", afirma o presidente da Abramat. Só no mês de junho, a indústria vendeu 34,22% a mais sobre o mesmo período do ano anterior.
Considerando os últimos 12 meses, em apenas dois meses as vendas da indústria de material de construção cresceu menos de 15% sobre o mês equivalente no ano anterior.
Dois fatores estão impulsionando as vendas. O setor habitacional tem sido o principal motor de impulso para as compras, mas desde o início do ano um segundo setor começa a ganhar relevância: os investimentos em infra-estrutura.
"Desde o fim do ano passado, os projetos de infra-estrutura do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] começaram a demandar material de construção e isso tem ajudado na expansão das vendas." A indústria diz que o setor suporta as encomendas e que não há risco de inflação por demanda.


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