Balanços favorecem ações nos EUA; dólar vai a R$ 1,908

DA REPORTAGEM LOCAL

Após um pregão de muito sobe-e-desce, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o dia com pequena alta, de 0,15%, aos 53.233 pontos. Na esteira das fortes oscilações que marcaram o mercado internacional, a Bovespa registrou, no pico, alta de 1,05% e, na mínima, queda de 1,20%. Após o pregão de ontem, o quinto seguido de valorização, a Bolsa está com ganhos mensais de 3,44%. No ano, a alta é de 41,77%.
O discurso de Ben Bernanke, presidente do Fed (banco central dos EUA), no Congresso esfriou um pouco os ânimos. Na avaliação de Bernanke, a aparente melhora da economia não terá reflexos na recuperação do emprego tão cedo.
O índice Dow Jones, um dos principais do mercado dos EUA, encerrou com ganhos de 0,77%. A Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 0,36%. Em Londres, a valorização foi de 0,85%.
Os balanços trimestrais de empresas como Coca-Cola e Caterpillar, que vieram com resultados acima das projeções, ajudaram as Bolsas de Valores a encerrarem com ganhos. As ações da Caterpillar foram destaque em Wall Street, com valorização de 7,67%.
Os analistas estavam muito pessimistas à espera dos resultados das companhias no segundo trimestre. Mas boa parte dos resultados já divulgados tem demonstrado outra realidade, ajudando os mercados acionários a se recuperar.
No Brasil, onde a safra pesada de balanços trimestrais ainda não começou, as ações da Vale estiveram entre as mais procuradas no dia. O papel preferencial "A" da companhia foi o mais negociado do pregão, com 17% do total movimentado ontem. A ação subiu 1,47%.
A alta da Vale favoreceu os papéis da Bradespar -uma das principais acionistas da companhia-, que subiram 3,29%.
Para a Petrobras, o pregão foi menos animador. Mesmo com a apreciação de 1,16% do barril de petróleo, a ação preferencial da Petrobras recuou 0,25%.
O dólar, que na segunda-feira havia descido a seu mais baixo valor desde setembro passado, teve leve alta, de 0,26%, para terminar cotado a R$ 1,908.
(FABRICIO VIEIRA)


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