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Botijão ainda está caro, afirma ANP
DA SUCURSAL DO RIO
Um levantamento feito pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) nos dois primeiros dias úteis desta semana, em um total de 55 cidades, mostrou que na maioria
delas ainda estão sendo praticados preços médios do botijão de
gás de cozinha maiores do que os R$ 23 considerados ideais.
Em 32 cidades, os preços estão acima de R$ 24, segundo a ANP.
Em 16, o botijão de 13 kg está custando para o consumidor cerca de
R$ 23. Em apenas sete cidades o preço está abaixo do pretendido
pelo governo. Das 55 cidades, 48 registraram baixa de preços. Sete
tiveram aumentos, o maior deles em Teresina (5,04%). A maior
queda (13,82%) foi em Várzea Grande (MT).
O menor preço foi constatado em Uberlândia (MG), com o botijão sendo vendido em média a R$
21,293. O maior valor foi encontrado em Rondonópolis, em Mato
Grosso (R$ 33).
O levantamento foi feito nos
dois primeiros dias de vigência da
redução de 12,4% no preço do bujão de gás praticado pelas refinarias da Petrobras.
A ANP, que recebeu do governo
poderes para controlar o preço do
gás, classificou como "inaceitáveis e até mesmo aberrantes" os
preços praticados em cidades como Rondonópolis, Cuiabá (R$
30,22), Florianópolis (R$ 28,85) e
Campo Grande (R$ 28,46).
O levantamento mostrou que,
das 48 cidades que reduziram os
preços médios ao consumidor, só
em 12 a redução chegou à metade
do que caíram os preços nas refinarias.
Em relação aos preços no atacado, praticados pelas distribuidoras de gás, a ANP constatou que
apenas em 21 cidades elas reduziram os preços nos dias 19 e 20 deste mês. Houve alta em 22.
Em 12 cidades, a ANP não obteve os preços no atacado ou não divulgou a variação média. Em Nova Iguaçu (RJ), cidade próxima à
refinaria de Duque de Caxias, o
preço médio das distribuidoras
subiu 10,24%.
Insatisfeita com os preços das
distribuidoras a ANP já cogita divulgar os nomes das empresas
que estão praticando os maiores
valores em cada cidade. Os preços
divulgados ontem foram comparados com os praticados na semana de 4 a 10 deste mês. A pesquisa
é complementar à feita semanalmente em 363 municípios.
A ANP decidiu controlar os preços do gás na semana passada.
Trata-se da primeira vez que isso
ocorre desde a desregulamentação do setor de petróleo em janeiro deste ano, quando os preços de
toda a cadeia passaram a ser livres.
Com a decisão, ficou arranhado
o discurso de abertura do setor,
no qual os preços deveriam ser livres para atrair novos investidores e acirrar a concorrência.
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