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São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2003

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PAINEL S.A.

Livres...
O presidente Lula quer liberar o Banco do Brasil, o BNDES e a CEF das amarras que os impedem de aumentar investimentos. Será esse o principal tema da reunião de hoje no Planalto, hoje, de Lula com Antonio Palocci Filho (Fazenda), Guido Mantega (Planejamento), Cássio Casseb (Banco do Brasil), Carlos Lessa (BNDES) e Jorge Mattoso (CEF).

...para voar
O objetivo do governo é livrar o BNDES, por exemplo, das regras do Acordo de Basiléia que impedem o banco de aumentar o nível de endividamento sobre o seu capital. Se o BNDES pudesse aumentar sua dívida, seu orçamento também poderia ser mais gordo.

Contingenciamento
Já a Caixa e o Banco do Brasil são impedidas de emprestar aos governos estadual e municipal em razão das regras de contingenciamento de crédito ao setor público. A idéia do governo é flexibilizar essas regras.

Construção civil...
O SindusCon-SP (sindicato da construção civil) decidiu rejeitar a reforma tributária em debate no Congresso. Segundo o SindusCon-SP, além de não desonerar a produção, o relatório abre espaço para novos aumentos de tributos.

...na UTI
Artur Quaresma Filho, presidente do sindicato, afirma que o setor está "ameaçado de morte". Nos últimos 12 meses, foram eliminados 60 mil postos de trabalho.

Na frente
A TAP transportou 231.267 passageiros nas suas linhas do Brasil no primeiro semestre, o que significa um aumento de 9% em relação ao ano anterior. A TAP é a maior transportadora de passageiros entre o Brasil e a Europa.

Tudo se transforma
A Suzano apresenta, dia 26, na ABL, no Rio de Janeiro, seu Relatório Anual de 2002, que foi reescrito pelos imortais Carlos Heitor Cony, Lygia Fagundes Telles, Antônio Olinto, Arnaldo Niskier, Carlos Nejar e Murilo Melo Filho. Os autores transformaram o relatório financeiro do grupo Suzano em literatura.

"20 Mil Léguas" e 30 nomes
As 150 canetas da nova edição limitada da Montblanc, dedicada ao escritor Julio Verne, ainda não chegaram às lojas no Brasil, mas já foram todas vendidas. Na versão tinteiro, o mimo custará R$ 3.000. Há uma lista de espera de 30 nomes.

Crescimento programado
A Datasul iniciou as operações de uma fábrica de software em Santa Catarina. A expectativa é faturar R$ 4 milhões em 2004 e criar 500 empregos em cinco anos.

Seminário
O escritório de advocacia Dannemann Siemsen e o Ibre/FGV promovem, no dia 28, seminário sobre propriedade intelectual, em Campinas. Na pauta, o combate à pirataria.

Internet educativa
O Senac São Paulo vai investir em dois novos cursos pela internet: história da moda e administração hospitalar. Este último já surge adequado à portaria do Ministério da Saúde que passa a exigir dos administradores da área de saúde formação específica até o fim de 2004.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br


ANÁLISE

De ponta-cabeça

Ninguém no governo admite oficialmente, mas está ficando cada vez mais nítida uma mudança de rota na política econômica do governo. A redução de 2,5 pontos percentuais na taxa básica de juros deve ser apenas o início para marcar a chamada "fase dois" do governo. O presidente Lula e o ministro Antonio Palocci Filho estão preparando uma série de novas medidas para injetar mais ânimo na economia. Nos primeiros seis meses, a principal marca foi o continuísmo. Vencido esse período de busca da credibilidade, Lula quer deixar sua marca. A trajetória de queda dos juros deverá continuar. Há quem defenda, dentro do governo, juros reais de 5,5% a 8% no final deste ano, o que significa uma Selic de até 16% em dezembro.


NO MERCADO

Em mais um dia de euforia na Bolsa, as ações do setor de energia elétrica acabaram decepcionando. O IEE, índice dos papéis do setor, fechou com baixa de 1,1% ontem. O papel que mais perdeu na Bovespa foi o ON da Tractebel, 7,6%.


FRASE

A construção civil está afundando numa areia movediça de impostos


Artur Quaresma Filho, presidente do SindusCon-SP, sobre a reforma tributária


NÚMEROS

US$ 2,38 bi
É o saldo comercial brasileiro anual com florestas plantadas, mostra a Sociedade Brasileira de Silvicultura.

11,83%
É a queda acumulada no preço do ouro neste ano em São Paulo, segundo a BM&F.


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