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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa chega ao maior nível desde junho de 2001; valorização acumulada no ano está em 30%
Bolsa de SP alcança a 11ª alta consecutiva
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa deu sequência à sua
boa temporada. Ontem a Bolsa teve mais um dia de forte movimentação e ganhos. A valorização
de 1,4% levou o Ibovespa aos
14.669 pontos, o maior patamar
desde junho de 2001.
Foi o 11º pregão seguido que o
mercado acionário paulista fechou em alta. No período, o Ibovespa (índice das 54 ações de
maior liquidez) subiu 13,8%. Desde maio de 1997 a Bolsa não fechava tantos pregões consecutivos em alta.
O giro do pregão alcançou
R$ 1,05 bilhão, volume muito superior à média diária do mês passado, que ficou em apenas
R$ 572,6 milhões. No ano, o mercado de ações local acumula valorização de 30%.
Com a redução mais forte da taxa básica de juros que a projetada
pelo mercado, a Bolsa ganhou novo alento. Os juros foram reduzidos na quarta para 22% ao ano.
As taxas menores podem estimular a migração de recursos de aplicações que acompanham os juros
para o mercado de ações.
Como o dólar se manteve acima
dos R$ 3,00, ações de exportadoras voltaram a ser alvo de interesse por parte dos investidores. As
ações com direito a voto (ON) da
CSN subiram 5%, seguidas pelo
papel PN da Siderúrgica Tubarão,
com ganho de 4,9%. A maior alta
do pregão ficou com o papel PNA
da Braskem, que subiu 8,4%.
O dólar fechou a R$ 3,005, com
alta de 0,33%. Ontem o Banco
Central concluiu a rolagem de
61,1% de uma dívida cambial de
US$ 930 milhões que vence em 1º
de setembro. No último vencimento, o BC havia renovado apenas 24% do total.
Para Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner,
a Bovespa está prestes a iniciar
um movimento de realização de
lucros.
Ações de bancos tiveram boa
movimentação ontem. As ações
preferenciais do Bradesco tiveram o terceiro maior giro do dia e
subiram 2,7%. O papel PN do Itaú
foi o quarto mais negociado do
pregão e subiu 3,5%.
Os contratos futuros se movimentaram pouco, com instituições financeiras ainda ajustando
suas posições após o corte de 2,5
pontos percentuais feito na Selic.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros), o contrato DI -juro
interbancário- de prazo mais
curto fechou com taxa de 21,76%,
contra 22,02% do dia anterior.
(FABRICIO VIEIRA)
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