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São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa chega ao maior nível desde junho de 2001; valorização acumulada no ano está em 30%

Bolsa de SP alcança a 11ª alta consecutiva

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa deu sequência à sua boa temporada. Ontem a Bolsa teve mais um dia de forte movimentação e ganhos. A valorização de 1,4% levou o Ibovespa aos 14.669 pontos, o maior patamar desde junho de 2001.
Foi o 11º pregão seguido que o mercado acionário paulista fechou em alta. No período, o Ibovespa (índice das 54 ações de maior liquidez) subiu 13,8%. Desde maio de 1997 a Bolsa não fechava tantos pregões consecutivos em alta.
O giro do pregão alcançou R$ 1,05 bilhão, volume muito superior à média diária do mês passado, que ficou em apenas R$ 572,6 milhões. No ano, o mercado de ações local acumula valorização de 30%.
Com a redução mais forte da taxa básica de juros que a projetada pelo mercado, a Bolsa ganhou novo alento. Os juros foram reduzidos na quarta para 22% ao ano. As taxas menores podem estimular a migração de recursos de aplicações que acompanham os juros para o mercado de ações.
Como o dólar se manteve acima dos R$ 3,00, ações de exportadoras voltaram a ser alvo de interesse por parte dos investidores. As ações com direito a voto (ON) da CSN subiram 5%, seguidas pelo papel PN da Siderúrgica Tubarão, com ganho de 4,9%. A maior alta do pregão ficou com o papel PNA da Braskem, que subiu 8,4%.
O dólar fechou a R$ 3,005, com alta de 0,33%. Ontem o Banco Central concluiu a rolagem de 61,1% de uma dívida cambial de US$ 930 milhões que vence em 1º de setembro. No último vencimento, o BC havia renovado apenas 24% do total.
Para Luiz Antonio Vaz das Neves, diretor da corretora Planner, a Bovespa está prestes a iniciar um movimento de realização de lucros.
Ações de bancos tiveram boa movimentação ontem. As ações preferenciais do Bradesco tiveram o terceiro maior giro do dia e subiram 2,7%. O papel PN do Itaú foi o quarto mais negociado do pregão e subiu 3,5%.
Os contratos futuros se movimentaram pouco, com instituições financeiras ainda ajustando suas posições após o corte de 2,5 pontos percentuais feito na Selic. Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato DI -juro interbancário- de prazo mais curto fechou com taxa de 21,76%, contra 22,02% do dia anterior.
(FABRICIO VIEIRA)


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