São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

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Para analista, estratégia é equivocada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A estratégia de recompra da dívida externa não reduz a vulnerabilidade do país, segundo o professor Paulo Nogueira Batista Jr., da FGV (Fundação Getúlio Vargas). "É uma situação esdrúxula. Trocamos dívida externa relativamente barata por dívida interna, que é caríssima. Parece que alguém quer fazer gol contra", afirma o economista.
De acordo com o professor, o uso de reservas para quitar dívidas antecipadamente -caso da recompra dos Bradies e do pagamento em 2005 ao FMI- aumenta a vulnerabilidade, pois reduz as reservas em dólar e, ao mesmo tempo, aumenta a dívida interna.
Para ele, o governo deveria se concentrar nas operações de troca de títulos da dívida externa por outros também para investidores estrangeiros com juros menores. "Mas a tônica das operações tem sido usar as reservas para antecipar pagamentos."
O Tesouro Nacional realizou operação nesses moldes no início desse mês. O governo ofereceu recomprar papéis com vencimento em 2020 e 2030 por outros com vencimento em 2037.


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