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Gabrielli diz não ver ameaça a
fornecimento
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PAULÍNIA
O presidente da Petrobras,
José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem em Paulínia (interior de São Paulo) que não
vê ameaça ao abastecimento
de gás natural boliviano por
causa da invasão de índios
guarani a uma unidade operada pela estatal no país.
"Nós sempre enfatizamos,
nos momentos mais críticos,
a nossa confiança na garantia
do fornecimento do gás boliviano", disse Gabrielli na
inauguração da GásLocal -a
primeira empresa de liquefação de gás natural do país.
O gasoduto invadido pelos
índios tem capacidade para
transportar 11 milhões de
metros cúbicos por dia. O
Brasil importa cerca de 24
milhões de metros cúbicos
de gás da Bolívia por dia.
Os índios ameaçaram fechar uma válvula e interromper parte do fornecimento
de gás natural ao Brasil. Eles
reivindicam pagamento de
US$ 9 milhões para a realização de obras sociais.
Gabrielli ainda demonstrou irritação e classificou
como "mentira" a notícia de
que a Petrobras pressionaria
o Ministério da Fazenda para elevar o preço dos combustíveis. "Nós não repassamos ao mercado brasileiro as
situações de curto prazo do
mercado americano."
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