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MERCADO ABERTO
Previ nega afirmações de Dantas
Sérgio Rosa e Luís Tarquínio,
presidente e ex-presidente
da Previ (fundo de pensão
do Banco do Brasil), negaram a afirmação feita por Daniel
Dantas durante seu depoimento
ontem na CPI de que eles tivessem feito pressão para a BrT
(Brasil Telecom) comprar a CRT
(Companhia Riograndense de
Telecomunicações) por um preço que fosse prejudicial aos interesses do fundo.
Dantas disse ter participado de
reunião no início de 2000 com
Tarquínio, que presidia a Previ, e
Rosa, então diretor de participações, na qual os dois teriam defendido a compra da CRT pela
BrT por um preço maior do que
o ofertado pelo Opportunity. Os
dois negam.
A CRT, empresa de telefonia
do Rio Grande do Sul, foi comprada pela Brasil Telecom, em
2000, por US$ 800 milhões -valor, diz Dantas, muito superior
ao defendido pelo Opportunity.
Dantas disse ter oferecido US$
730 milhões, mas que estava tentando comprar a empresa por
um valor ainda menor, entre US$
550 milhões e US$ 600 milhões.
Até que, segundo Dantas, por
pressão do governo e dos fundos,
o negócio foi fechado nas dependências da Anatel.
Tarquínio disse que, em todas
as reuniões nas quais esteve presente, nenhum representante do
Opportunity contestou o valor.
Ele se lembra de ter participado
de duas reuniões de conselho da
BrT, em 2000, e o preço do negócio foi ratificado sem ressalvas.
Ele disse que isso pode ser
comprovado facilmente pelas
atas dessas reuniões. Rosa confirma a versão de Tarquínio.
Rosa também nega a afirmação
de Dantas de que existia um
acordo que protegia os fundos de
pensão se qualquer um deles decidisse sair de um dos investimentos feitos com o Opportunity. O presidente da Previ afirma que os fundos de pensão
nunca foram informados desse
acordo até a destituição do Opportunity, no final de 2003.
A ECONOMIA É CLARA
Famoso pelas atuações
como árbitro de futebol e,
há 16 anos, como comentarista de TV, Arnaldo Cezar
Coelho tem ainda um lado
empresarial. Há 20 anos,
está à frente da corretora
Liquidez, uma das maiores
na BM&F. "O futebol ajudou muito meu negócio.
No mercado financeiro, a
credibilidade é essencial, e
a arbitragem me deu isso."
Em breve, a Liquidez passa
a ocupar um escritório de
800 m2 na Faria Lima. O futebol também o ajudou
porque permitia que ele visitasse clientes nas viagens
para arbitrar. Arnaldo não
se furta a tecer comentários
sobre economia. "Se todo
mundo pode opinar sobre
futebol, por que eu não falaria de economia?" Para
ele, os brasileiros deveriam
confiar na economia. "Lá
fora, os estrangeiros confiam no Brasil. É só ver a receptividade que os títulos
lançados pelo governo tiveram no exterior", diz Arnaldo, que entrou no mercado financeiro há 35 anos
como corretor.
MENOS PIRATAS
O mercado brasileiro de
computadores começa a se
recuperar ante a competição
com os fabricantes ilegais. Segundo a Abinee (associação
da indústria de elétrica e eletrônica), entre as razões para
o bom resultado está a intensificação das ações da Receita
e da Polícia Federal no combate ao contrabando e à importação ilegal de insumos. A
entidade acredita que o setor
de PCs deva crescer pelo menos 15% anuais, nos próximos três anos.
RUA DE NEGÓCIOS
Abram Szajman, presidente da
Fecomercio SP, recebe hoje o
prefeito José Serra, na sede da
entidade, para o lançamento do
conselho de ruas comerciais.
Presidido pelo economista Felippe Naufel, o conselho terá a proposta de integrar os comerciantes em prol da revitalização dessas ruas. Naufel é o coordenador
do programa de ruas comerciais
da Secretaria de Coordenação
das Subprefeituras de São Paulo
e foi responsável pelas mudanças
da rua João Cachoeira, no Itaim.
À ITALIANA
O empresariado italiano se encontra hoje à noite na Sociedade
Hípica Paulista para a entrega do
prêmio Americo Vespucci, concedido àqueles que mais cooperaram para estreitar os laços entre Brasil e Itália. Estarão presentes executivos de grupo empresariais como Generali, Ferreiro,
Pirelli, Alitalia, Fiat e Papaiz.
Neste ano, os premiados são o
empresário Ernesto Illy e Guido
Mantega (BNDES), pelos financiamentos de projetos empresariais italianos no Brasil.
APOIO TÁTICO
O Veirano Advogados, primeira banca brasileira a assessorar o
governo em conflitos na OMC,
fará parte da delegação que
acompanhará o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando
Furlan, em viagem à China. Durante as discussões técnicas, Reinaldo Ma, que integra a equipe
do Veirano e fala mandarim, dará apoio à delegação brasileira. O
advogado foi o responsável pela
tradução das cartas enviadas em
julho pelo ministro do Comércio
chinês, Bo Xilai, a Furlan.
PONTO DE BALA
A filial brasileira da americana Centigon O'Gara, especializada na blindagem de
veículos, irá exportar vidros
blindados para o Departamento de Estado dos EUA. Os
equipamentos vão fazer parte
da produção de veículos militares usados em conflitos no
Oriente Médio. Alexandre
Ret, diretor da empresa no
Brasil, diz que a experiência
brasileira nesse segmento pesou na decisão da matriz. Segundo ele, o mercado brasileiro de blindagem é um dos
mais aquecidos no mundo.
São cerca de 400 carros blindados todo mês. O produto
que será exportado é diferente do usado no Brasil. "Aqui, a
proteção é mais usada contra
assaltos. Por isso, o vidro é feito para segurar disparos de
armas de mão. Lá, o perigo é o
terrorismo. A blindagem deve resistir a tiros de fuzil."
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