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Funcionários dos Correios encerram greve
Entrega das correspondências deve ser normalizada até sexta-feira, segundo o sindicato da categoria
YGOR SALLES
DA FOLHA ONLINE
Após nove dias de paralisação, os funcionários da ECT
(Empresa de Correios e Telégrafos) aceitaram a proposta de
reajuste salarial e decidiram
ontem encerrar a greve que
atrasou as entregas em todo o
país. Dos 33 sindicatos ligados à
Fentect (Federação Nacional
dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e
Similares), 19 optaram pelo fim
da greve.
Os empregados da estatal
irão receber reajuste de 3,74%,
abono de R$ 500, aumento linear de R$ 60 em janeiro, vale-alimentação extra de R$ 391 em
dezembro, inclusão dos pais de
novos funcionários no plano de
saúde e auxílio-creche para
crianças de até sete anos de idade, além da não-reposição dos
dias de paralisação.
No início da greve, a Fentect
pedia reajuste de 47,77%, aumento linear de R$ 200, negociação do plano de cargos e salários e contratação de 25 mil
funcionários. A proposta aprovada foi feita pela ECT e, depois, reapresentada pela Justiça. "Poderia ter sido melhor,
principalmente na questão do
reajuste", lamentou José Gonçalves, um dos representantes
da Fentect no comando de greve. A ratificação do fim da paralisação ocorreu em audiência
realizada na noite de quinta-feira na sede do TST (Tribunal
Superior do Trabalho), em Brasília. Caso os funcionários levassem à audiência a posição de
continuar a greve, o TST designaria um relator para o processo -que iria a julgamento por
meio da Seção Especializada
em Dissídios Coletivos do órgão e poderia julgar a greve
abusiva.
Durante o período de greve,
as agências dos Correios funcionaram normalmente. Porém, não houve garantia de entrega das correspondências.
Por este motivo, os serviços que
garantem a entrega em prazo
pré-estipulado -Sedex 10 e Sedex Hoje, por exemplo- não
funcionaram. Segundo Gonçalves, a entrega das correspondências deverá ser normalizada
até a próxima sexta-feira. Esta
foi uma das exigências da empresa para que os dias parados
não fossem descontados. "Caso
não haja normalização até lá, os
funcionários farão trabalho extra no próximo final de semana", disse Gonçalves.
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