São Paulo, sábado, 22 de setembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Funcionários dos Correios encerram greve

Entrega das correspondências deve ser normalizada até sexta-feira, segundo o sindicato da categoria

YGOR SALLES
DA FOLHA ONLINE

Após nove dias de paralisação, os funcionários da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) aceitaram a proposta de reajuste salarial e decidiram ontem encerrar a greve que atrasou as entregas em todo o país. Dos 33 sindicatos ligados à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), 19 optaram pelo fim da greve.
Os empregados da estatal irão receber reajuste de 3,74%, abono de R$ 500, aumento linear de R$ 60 em janeiro, vale-alimentação extra de R$ 391 em dezembro, inclusão dos pais de novos funcionários no plano de saúde e auxílio-creche para crianças de até sete anos de idade, além da não-reposição dos dias de paralisação.
No início da greve, a Fentect pedia reajuste de 47,77%, aumento linear de R$ 200, negociação do plano de cargos e salários e contratação de 25 mil funcionários. A proposta aprovada foi feita pela ECT e, depois, reapresentada pela Justiça. "Poderia ter sido melhor, principalmente na questão do reajuste", lamentou José Gonçalves, um dos representantes da Fentect no comando de greve. A ratificação do fim da paralisação ocorreu em audiência realizada na noite de quinta-feira na sede do TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília. Caso os funcionários levassem à audiência a posição de continuar a greve, o TST designaria um relator para o processo -que iria a julgamento por meio da Seção Especializada em Dissídios Coletivos do órgão e poderia julgar a greve abusiva.
Durante o período de greve, as agências dos Correios funcionaram normalmente. Porém, não houve garantia de entrega das correspondências. Por este motivo, os serviços que garantem a entrega em prazo pré-estipulado -Sedex 10 e Sedex Hoje, por exemplo- não funcionaram. Segundo Gonçalves, a entrega das correspondências deverá ser normalizada até a próxima sexta-feira. Esta foi uma das exigências da empresa para que os dias parados não fossem descontados. "Caso não haja normalização até lá, os funcionários farão trabalho extra no próximo final de semana", disse Gonçalves.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Paralisação em montadoras no Paraná continua
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.