DA FOLHA ONLINE

Os funcionários da Vasp decidiram não entrar em greve. A proposta chegou a ser colocada em votação na assembléia realizada ontem pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas.
Segundo a diretora do sindicato, Marlene Ruza, uma parte dos trabalhadores queria entrar em greve ainda hoje. "Mas a maioria preferiu dar um voto de confiança para a empresa, que não cumpre nada do que promete."
Ruza disse que esse voto de confiança está condicionado à negociação do pagamento do 13º salário, horas extras, férias e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em atraso.
"Também queremos que a empresa detalhe como será o PDV (programa de demissão voluntária). Ninguém pode aderir a um PDV sem saber as regras", afirmou Ruza.
Os ânimos dos funcionários da Vasp foram acirrados pelo atraso no pagamento de cerca de cem aeronautas. Eles foram demitidos e depois recontratados pela Vasp. A empresa ficou de abrir um PDV para os funcionários. "O problema é que a empresa não pagou a todos os funcionários. Parte não recebeu nada", disse Ruza.
A trégua dos funcionários vai até o dia 8 de novembro. O sindicato deve realizar nova assembléia nesse dia para avaliar o cumprimento dos pontos do acordo negociado com a Vasp.
Atolada em dívidas, a companhia aérea conseguiu parcelar um débito de R$ 11,6 milhões com a Infraero, a estatal responsável pela administração de aeroportos. Esse montante se refere a taxas de embarque que a Vasp recolheu de passageiros em nome da Infraero, mas que nunca foram repassadas.


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