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RS quer corredor com Uruguai
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O Rio Grande do Sul quer se isolar do restante do país em um corredor sanitário com o Uruguai. O
governador Germano Rigotto
(PMDB) decidiu excluir os paranaenses, em termos práticos, do
chamado Circuito Pecuário Sul e
tomar a mesma atitude em relação a Santa Catarina.
""Não podemos permitir que a
carne contamine o nosso rebanho. Essa é uma medida de precaução muito firme e muito dura.
Estamos trabalhando com muita
seriedade na sanidade animal. Investimos R$ 5 milhões por ano
para fornecer vacinas aos produtores", disse Rigotto.
A decisão do governador ocorreu depois de ele ter recebido produtores rurais gaúchos que, a partir de reunião realizada na última
terça com produtores uruguaios,
redigiram carta na qual defendem
o isolamento para a entrada de
qualquer tipo de carne bovina
(mesmo desossada) por tempo
indeterminado.
Ontem, a fronteira do Rio Grande do Sul foi fechada para a passagem de todos os produtos de origem animal, incluindo frango e
ovos. A informação é do secretário de Agricultura do Rio Grande
do Sul, Odacir Klein.
A Secretaria de Agricultura gaúcha instalou ontem mais três pontos de fiscalização da entrada de
produtos e subprodutos de origem animal no Estado. Agora são
19 barreiras fixas, além de inspeção volante em estradas.
O presidente da Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande
do Sul), Carlos Sperotto, havia pedido a Rigotto a proibição da entrada de produtos animais de todos os outros Estados. ""Diante da
informação de focos de aftosa no
Paraná, temos uma decisão de assembléia que será encaminhada à
Secretaria de Agricultura." Horas
depois, a Secretaria anunciou o fechamento da fronteira.
"Como medida complementar,
vamos buscar uma vacinação em
massa de animais de regiões próximas à divisa", disse Sperotto.
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