DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de quedas expressivas, as principais ações da Bolsa de Valores de São Paulo encontraram investidores animados ontem. A Bovespa fechou o pregão de ontem na máxima, com alta de 2,93%. Mas o balanço da semana foi negativo.
O Ibovespa -principal índice da Bolsa paulista- acumulou perdas de 2% durante a semana. No mês, a Bolsa também está no vermelho: -7,62%.
O mercado acionário doméstico tem oscilado mais em função do cenário externo e do humor do investidor estrangeiro do que devido a fundamentos econômicos ou resultados corporativos.
A ação que mais subiu ontem, entre as mais líquidas, foi a ordinária da Contax (8%). O papel preferencial "B" da Eletrobrás também registrou alta expressiva, de 6,29%.
Segundo avaliação da Link Corretora, houve na semana "realização de lucros nas Bolsas do mundo inteiro, devido ao aumento de cautela por parte dos investidores estrangeiros. Mas, apesar de a Bovespa ser uma das que mais sofreram com as realocações dos portfólios, alguns papéis mostram-se bastante interessantes para investimentos de longo prazo, haja visto o cenário de queda de juros no médio prazo".
Na quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou a redução da taxa básica de juros de 19,50% para 19% anuais.
O mercado financeiro espera que a taxa básica, a Selic, siga em queda nos próximos meses e chegue aos 18% no fim do ano.
Esse movimento engole parte da rentabilidade oferecida por aplicações como fundos DI e CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que pagam taxas de juros. Com isso, cria-se a expectativa de que parcela dessas aplicações migre para fundos de ações, que, mesmo carregando maiores riscos, podem dar rentabilidade mais atraente.
No ano, os fundos de ações registram saques líquidos de R$ 189 milhões, segundo dados da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
No mercado de câmbio, o dólar subiu. Ontem, a moeda norte-americana teve valorização de 0,58% diante do real. No fim dos negócios, eram necessários R$ 2,264 para comprar US$ 1. No mês, o dólar acumula avanço de 1,52%. No ano, a queda é de 14,69%. (FABRICIO VIEIRA)


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