São Paulo, quinta-feira, 22 de outubro de 2009

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Bolsa tem alta de 0,3%; dólar cai a R$ 1,725

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa operou com alta expressiva durante boa parte do pregão de ontem, após o desempenho ruim do dia anterior, quando a taxação do capital externo atrapalhou os negócios no mercado local. Mas, depois de chegar a subir 2,8%, a Bolsa esfriou e fechou com alta branda de 0,28%, a 65.485 pontos. No mês, a valorização é de 6,5%.
Já a recuperação do câmbio se manteve até o fim das operações. O dólar, que superou R$ 1,76 durante os negócios de terça-feira, fechou ontem a R$ 1,725, com depreciação de 1,14%.
O mercado ainda trabalha com muitas dúvidas, pois não se sabe ao certo se a decisão do governo de cobrar 2% de IOF dos estrangeiros irá diminuir o apetite desses investidores. A categoria, que responde por cerca de 35% das operações feitas na Bolsa, tem tido papel de destaque na escalada atual.
A piora do humor em Wall Street no fim da tarde de ontem foi decisiva para a virada do mercado doméstico. A Bolsa de Nova York, que chegou a subir 0,78%, terminou com depreciação de 0,92%.
A decisão do analista Dick Bove, que rebaixou os papéis do banco americano Wells Fargo para "venda", foi mal recebida no mercado. No momento em que se esperam sinais de recuperação das instituições financeiras, o influente analista demonstrou estar pessimista com a saúde do setor. As ações do Wells Fargo terminaram o dia em queda de 5,12%.
No Brasil, a decisão do Copom de manter os juros em 8,75% veio de acordo com as expectativas do mercado.
Como ninguém esperava por surpresas do Copom, as taxas futuras pouco oscilaram ontem. No pregão da BM&F, no contrato de juros que vence no fim de 2010, o mais negociado, a taxa foi de 10,44% para 10,39% ao ano.
O contrato indica que os investidores contam com a elevação da Selic em 2010.


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