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Recessão nos países ricos será longa, diz BC
DO ENVIADO A FRANKFURT
Agora que a recessão já é
oficial em algumas das principais economias do mundo,
como Japão e Alemanha, a
questão que mais tem inquietado os economistas é
qual será sua duração. Henrique Meirelles não tem dúvidas: ela será longa.
O presidente do BC brasileiro manteve o tom de preocupação com a gravidade da
crise demonstrado pelos demais participantes do Congresso Europeu de Bancos,
em Frankfurt, na Alemanha.
Entre eles, a aposta era de
que a recessão deverá durar
pelo menos 18 meses.
"A crise é grave, a crise é
severa, e todos nós temos
que levá-la muito a sério",
disse Meirelles. "Vamos continuar trabalhando duro para evitar que a desaceleração
da atividade no Brasil seja
maior do que a que os brasileiros esperam."
No começo do ano, no encontro regular dos bancos
centrais em Basiléia (Suíça),
Meirelles manifestava otimismo em relação à resistência da economia brasileira
diante da crise, mas advertia
que uma recessão profunda
nos Estados Unidos era um
fator de risco. Na época, ainda havia uma esperança de
recuperação da economia
norte-americana.
"O que não se sabia era a
dimensão da crise americana. Agora está claro que é
uma crise prolongada."
No Brasil
Embora reitere que nenhum país está imune à crise, Meirelles enxerga um cenário positivo para o Brasil,
com crescimento econômico
acima da média mundial:
"Em termos comparativos,
não há dúvidas que o Brasil
está se saindo melhor do que
outros países".
Ele classificou de "conservadora" a previsão de 3% feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para o
crescimento do país para
2009. Em 2007, a economia
brasileira cresceu 5,4%.
(MN)
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