São Paulo, sábado, 22 de novembro de 2008

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Recessão nos países ricos será longa, diz BC

DO ENVIADO A FRANKFURT

Agora que a recessão já é oficial em algumas das principais economias do mundo, como Japão e Alemanha, a questão que mais tem inquietado os economistas é qual será sua duração. Henrique Meirelles não tem dúvidas: ela será longa.
O presidente do BC brasileiro manteve o tom de preocupação com a gravidade da crise demonstrado pelos demais participantes do Congresso Europeu de Bancos, em Frankfurt, na Alemanha. Entre eles, a aposta era de que a recessão deverá durar pelo menos 18 meses.
"A crise é grave, a crise é severa, e todos nós temos que levá-la muito a sério", disse Meirelles. "Vamos continuar trabalhando duro para evitar que a desaceleração da atividade no Brasil seja maior do que a que os brasileiros esperam."
No começo do ano, no encontro regular dos bancos centrais em Basiléia (Suíça), Meirelles manifestava otimismo em relação à resistência da economia brasileira diante da crise, mas advertia que uma recessão profunda nos Estados Unidos era um fator de risco. Na época, ainda havia uma esperança de recuperação da economia norte-americana.
"O que não se sabia era a dimensão da crise americana. Agora está claro que é uma crise prolongada."

No Brasil
Embora reitere que nenhum país está imune à crise, Meirelles enxerga um cenário positivo para o Brasil, com crescimento econômico acima da média mundial: "Em termos comparativos, não há dúvidas que o Brasil está se saindo melhor do que outros países".
Ele classificou de "conservadora" a previsão de 3% feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para o crescimento do país para 2009. Em 2007, a economia brasileira cresceu 5,4%. (MN)

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