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TRABALHO
Juros, crise política e atividade fraca levam a resultado que contraria tendência de alta na oferta de vagas no Natal
Desemprego fica estável, e renda sobe 2,1%
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Pelo quinto mês consecutivo, a
taxa de desemprego ficou estacionada em novembro, em 9,6%,
mesmo patamar de outubro. O
rendimento, por sua vez, voltou a
subir: 2,1% na comparação com
novembro de 2004 e 0,4% ante
outubro, segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Diferentemente do comportamento histórico, quando o índice
cede no 2º semestre, a taxa de desemprego não se move desde junho, oscilando de 9,4% a 9,6%.
É que o crescimento no número
de vagas tem sido pequeno nos últimos meses, impedindo o recuo
da taxa. Nem mesmo o comércio
contratou mais às vésperas do
Natal -nesse setor, houve recuo
de -0,4% em relação a outubro.
Pesquisa divulgada anteontem
pelo Seade-Dieese apontou queda
no desemprego na região metropolitana de São Paulo para 16,4%,
menor nível desde janeiro de
2001. A metodologia, no entanto,
é diferente.
Ao todo, foram geradas 50 mil
vagas de outubro para novembro,
número bem próximo ao crescimento (49 mil) da PEA (População Economicamente Ativa).
Até o mês passado, o IBGE previa recuo da taxa desemprego, citando o comportamento histórico. Mas juros altos, crise política e
enfraquecimento do nível de atividade afetaram o mercado.
A pesquisa do IBGE também
mostrou que o rendimento de
mulheres correspondia, em novembro deste ano, a 71% da renda
média do trabalho dos homens.
Pelos dados do IBGE, o rendimento feminino estava em R$
792,50, e o masculino foi estimado em R$ 1.115,50. A diferença é
menor do que a detectada pela
Pnad, que abrange todo o país.
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