São Paulo, quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

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TRABALHO

Juros, crise política e atividade fraca levam a resultado que contraria tendência de alta na oferta de vagas no Natal

Desemprego fica estável, e renda sobe 2,1%

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Pelo quinto mês consecutivo, a taxa de desemprego ficou estacionada em novembro, em 9,6%, mesmo patamar de outubro. O rendimento, por sua vez, voltou a subir: 2,1% na comparação com novembro de 2004 e 0,4% ante outubro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Diferentemente do comportamento histórico, quando o índice cede no 2º semestre, a taxa de desemprego não se move desde junho, oscilando de 9,4% a 9,6%.
É que o crescimento no número de vagas tem sido pequeno nos últimos meses, impedindo o recuo da taxa. Nem mesmo o comércio contratou mais às vésperas do Natal -nesse setor, houve recuo de -0,4% em relação a outubro.
Pesquisa divulgada anteontem pelo Seade-Dieese apontou queda no desemprego na região metropolitana de São Paulo para 16,4%, menor nível desde janeiro de 2001. A metodologia, no entanto, é diferente.
Ao todo, foram geradas 50 mil vagas de outubro para novembro, número bem próximo ao crescimento (49 mil) da PEA (População Economicamente Ativa).
Até o mês passado, o IBGE previa recuo da taxa desemprego, citando o comportamento histórico. Mas juros altos, crise política e enfraquecimento do nível de atividade afetaram o mercado.
A pesquisa do IBGE também mostrou que o rendimento de mulheres correspondia, em novembro deste ano, a 71% da renda média do trabalho dos homens.
Pelos dados do IBGE, o rendimento feminino estava em R$ 792,50, e o masculino foi estimado em R$ 1.115,50. A diferença é menor do que a detectada pela Pnad, que abrange todo o país.


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