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Net compra Big TV e deve ir a 48% de participação
Anatel e Cade ainda precisam aprovar operação
DA FOLHA ONLINE
DA REPORTAGEM LOCAL
A Net anunciou ontem a
aquisição da Big TV, operadora
de TV por assinatura e banda
larga que atua em São Paulo,
Paraná, Alagoas e Paraíba. Se o
negócio for aprovado, a Net
passará a deter 48% do mercado de TV por assinatura e 18%
do mercado de internet banda
larga no país (hoje possui, respectivamente, 46% e 17%).
Em teleconferência na tarde
de ontem, a empresa informou
que o valor do negócio vai depender do prazo de aprovação
pela Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações), já que a
compra tem que ser aprovada
pela agência, mas que deve variar de cinco a sete vezes o valor
do Ebitda (lucro antes juros,
impostos, amortizações e depreciações) da Big TV. Ou seja,
a Net desembolsaria entre R$
200 milhões e R$ 290 milhões.
Ontem, as ações PN da Net
subiram 9,61%.
Com cerca de 107 mil assinantes de TV e 56 mil de banda
larga, a Big TV cobre 409 mil de
domicílios e tem receita líquida
anualizada de R$ 102 milhões.
Assim, a Net, que hoje atende
2,4 milhões de clientes na TV e
1,288 milhão em banda larga,
verá crescimento de 4,5% e
4,3%, respectivamente. Os domicílios cabeados chegarão a
9,4 milhões, alta de 4,5%.
Além disso, a operadora ampliará sua atuação de 79 para 91
cidades brasileiras -acrescenta na base de clientes Guarulhos (São Paulo), Valinhos (SP),
Botucatu (SP), Jaú (SP), Sertãozinho (SP), Marília (SP),
Ponta Grossa (Paraná), Cascavel (PR), Cianorte (PR), Guarapuava (PR), Maceió (Alagoas) e
João Pessoa (Paraíba).
A Net não atuava nem em TV
por assinatura nem em banda
larga em nenhuma dessas cidades. "As áreas são boas. Maceió
é uma capital, e a Net não tinha
presença lá. Valinhos também
possui uma área residencial
com condomínios de ótimo padrão, e Guarulhos também é
muito importante", disse João
Elek, diretor financeiro da Net.
Segundo ele, das 12 cidades
atendidas pela Big TV, Guarulhos é onde a empresa tem a
presença mais forte.
Além da aprovação da Anatel
-Elek afirmou que o prazo é
"imprevisível"-, a aquisição
ainda depende de aprovação do
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Depois, o negócio será submetido
à aprovação dos acionistas.
Em comunicado, as empresas informam que "tomarão as
medidas necessárias para notificar os órgãos integrantes do
Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência, de acordo com
os prazos e demais disposições
legais e regulamentares".
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