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Cingapura pode investir US$ 5 bi no Merrill Lynch
Banco tenta reduzir perdas do mercado de hipoteca
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O banco de investimentos
Merrill Lynch pode receber
US$ 5 bilhões do fundo de investimento do governo de Cingapura, Temasek Holdings.
O Temasek está em conversas avançadas com o banco, e o
conselho do fundo deu aprovação preliminar para o investimento, segundo disse ao "Wall
Street Journal" uma pessoa
próxima da negociação.
Preço e questões regulatórias
estariam sendo negociados. E
há possibilidade de o banco estar em tratativas com outros
fundos soberanos.
A injeção de recursos do Temasek no Merrill seria a mais
recente de uma série de operações desse tipo anunciadas em
meio à crise global de crédito.
Nesta semana, o Morgan Stanley disse que recebeu US$ 5
bilhões do fundo do governo
chinês, que ficou com 9,9% de
suas ações. Ainda em dezembro, o UBS recebeu US$ 11,5 bilhões de outro fundo do governo de Cingapura e de um investidor do Oriente Médio.
O Citigroup também afirmou
ter recebido, em novembro,
uma injeção de capital de US$
7,5 bilhões de um fundo de Abu
Dhabi (Emirados Árabes Unidos), em troca de 4,9% de participação. O Bear Stearns, outro
banco de investimento americano, fez em outubro um acordo de US$ 1 bilhão com a Citic
Securities, do governo chinês.
O Merrill Lynch enfrenta
desvalorização de ativos relacionados ao crédito "subprime", de hipotecas de alto risco
dos EUA, que poderiam saltar
para US$ 15,9 bilhões com o resultado do quarto trimestre, segundo analistas. A empresa
perdeu US$ 8,4 bilhões em ativos no terceiro trimestre, motivando a saída do presidente-executivo do banco Stan
O'Neal, que deixou o posto para
John Thain.
Essa nova perda também poderia colocar o banco no topo
das perdas do "subprime" entre
os concorrentes UBS, Citigroup e Morgan Stanley.
O Temasek tem patrimônio
de US$ 108 bilhões, segundo
dados de março. Criado em
1974 para investir em Cingapura, é um dos mais prósperos
fundos com recursos de exportação e venda de petróleo e que
está se tornando potência no
mercado global de capitais.
França
O banco francês Crédit Agricole disse que reduziria seu lucro líquido de 2007 em 1,6 bilhão e que as contas de sua filial
Calyon estariam no vermelho.
E o banco Natixis foi ao mercado em busca de US$ 1,5 bilhão
para salvar uma de suas filiais
norte-americanas por causa da
crise do "subprime".
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