UOL


São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

Próximo Texto | Índice

PAINEL S.A.

Cautela exagerada
Os bancos aumentaram em 49% as reservas para enfrentar possíveis calotes (provisões para empréstimos de pagamento duvidoso) em 2002 em relação ao ano anterior, segundo levantamento a ABM Consulting. No período, a inadimplência aumentou 9% (pessoa jurídica) e 16,3% (pessoa física).

Menos lucro
Sem o crescimento nessas despesas, o lucro líquido do setor teria crescido 92% no ano passado em relação a 2001. Muito mais do que os 42% registrados pelo levantamento.

Mordida menor
Alan Marinovic (ABM Consulting) diz que a redução do lucro dos bancos com a alta das despesas com provisões para pagamentos duvidosos diminui também o Imposto de Renda pago à Receita. Afinal, a base de incidência do IR diminui.

Pedra no caminho
A Comissão de Portos da ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários) reúne-se amanhã com o vice-presidente José de Alencar e o ministro Anderson Adauto (Transportes). A entidade vai apresentar propostas para uma nova política portuária, essencial para a melhora das exportações.

Rumo à Rússia...
A primeira missão comercial ao exterior organizada por Luiz Furlan (Desenvolvimento) será para a Rússia, em abril, com uma comitiva de empresários e conselheiros da nova Apex-Brasil. Em 2002, as exportações para o país foram de US$ 1,25 bilhão.

...com estratégia
A diferença em relação às missões de Sergio Amaral, seu antecessor, é a estratégia: elas serão precedidas de estudos dos mercados. É a nova inteligência comercial brasileira.

Exclusividade
Paulo Pereira da Silva (Força Sindical) acaba de se desfiliar do PTB. Depois da adesão a jato do partido ao governo, preferiu se dedicar só ao sindicalismo. Ele aposta nas transferência de muitos sindicatos da CUT para a Força Sindical.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

No vazio

O dogma da necessidade de conselheiros independentes e outras regras de transparência para obtenção de bons resultados pelas empresas é destruído pouco a pouco, diz Ricardo Leal, do Coppead-UFRJ, com base em dois novos estudos norte-americanos. A Universidade de Indiana verificou que a nova regra da SEC (a comissão de valores mobiliários dos EUA) que exige certificação de demonstrações financeiras não fez diferença na variação do valor das empresas. A Universidade do Alabama registrou que o grau de independência do conselho de administração e do comitê de auditoria não influencia na expectativa de lucros, mas sim a qualificação dos profissionais. O mercado lê os sinais que lhe interessam, e não regras ditadas.



Próximo Texto: Fábrica de lucro: Bancos brasileiros são os mais rentáveis
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.