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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Firjan se queixa da nova tributação de SP
A nova sistemática de cobrança do ICMS em São Paulo
para os setores de medicamentos, higiene pessoal, perfumaria, cosméticos e bebidas alcoólicas, em vigor desde o dia 1º
deste mês, gerou uma paralisia
de negócios interestaduais. As
empresas desses setores de outros Estados não estão conseguindo vender seus produtos
para São Paulo.
Alertado do problema pelas
entidades de classe mais atingidas, o presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo
Eugênio Gouvêa Vieira, encaminhou carta ao secretário de
Fazenda do Rio, Joaquim Levy,
expondo a situação.
No texto, Gouvêa Vieira afirma que o decreto que regulamenta o regime de substituição
tributária instituído pelo governo de São Paulo "não tratou
das operações interestaduais,
impossibilitando assim as vendas para aquele Estado sem risco de autuações".
O presidente da Firjan afirma ainda que, "como para muitas empresas o Estado de São
Paulo é a principal praça de comercialização de seus produtos
e, em alguns casos, as compras
oriundas desse ente federativo
representam mais de 50% do
total do faturamento médio
mensal, o prejuízo para o setor
produtivo fluminense aumenta
a cada dia".
Na carta, Gouvêa Vieira pede
que Levy atue junto ao secretário da Fazenda de SP para que
esclareça as regras para as operações interestaduais.
Procurada pela Folha, a Secretaria da Fazenda de São
Paulo informou que já existe
uma regulamentação para o regime de substituição tributária,
que foi publicada em janeiro,
mas reconhecia que havia alguns pontos que não tinham ficado claros, e, por essa razão,
deve ser editado hoje um novo
decreto com todos os esclarecimentos necessários.
Nesse novo regime de substituição tributária, o ICMS de toda a cadeia comercial até o consumidor final é antecipado na
indústria. Muitas empresas
têm alegado que essa nova sistemática provocou aumento de
preços nos produtos dos setores atingidos.
PRECATÓRIO
O escritório Lefosse tem trabalhado em operações de
compra de precatórios estaduais e federais no país a pedido de fundos europeus e asiáticos. O valor de face dos
precatórios nessas operações alcança R$ 1,5 bilhão. "Não
é mais tão fácil encontrar títulos de qualidade no mercado", diz Edmundo Nejm, "head" da área bancária e financeira do Lefosse. Os projetos em andamento envolvem a
compra dos precatórios por fundos de direitos creditórios
detidos diretamente por investidores estrangeiros ou que,
por operações derivativas, investem nesses instrumentos.
MAQUETE
O arquiteto David Bastos, cujos trabalhos mais famosos se
localizam na Bahia, onde assina projetos de celebridades, vai
abrir um escritório também em São Paulo. Bastos, que é responsável por projetos de muitos restaurantes em Salvador,
como Yacht, Trapiche Adelaide, Chez Bernard, Soho e Lafayatte e as casas de Ivete Sangalo, Daniela Mercury e outros,
afirma que a idéia é ficar mais perto de São Paulo e do Sul
do país para aumentar seus trabalhos.
Nizan lança ABC com presença de Fernando Henrique e Furlan
O encontro de lançamento
do grupo ABC, marca que substitui o grupo Ypy, de Nizan
Guanaes, acontece neste fim de
semana, em Campinas. Serão
200 executivos de 12 agências
diferentes, que ouvirão o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, o ex-ministro Luiz
Fernando Furlan e o empresário Beto Sicupira, entre outros.
O grupo ABC nasce com 1.500
funcionários e receita de R$
400 milhões.
"Como eu não pude registrar
só ABC, acabei registrando o alfabeto inteiro, de A a Z", afirma
Nizan Guanaes, o presidente do
grupo.
A reunião com os executivos
é mais um preparativo para a
abertura de capital. "O Brasil
vive uma época de ouro e temos
de sonhar o sonho da Vale, da
AmBev e da Embraer", diz Guanaes. "Não do mesmo tamanho,
é claro, mas também quero ser
mundial." O publicitário previa
uma crise de egos, já que colocou presidentes das diversas
agências dividindo quartos:
"Tudo que era badalação e frescura acabou. Agora tenho de
economizar e dar resultado para a velhinha do Texas que vai
investir em mim".
PINTADO DE OURO
A maior alta histórica do
preço do ouro vai encarecer
as estatuetas do Oscar. O valor de cada uma das peças,
banhadas a ouro, saltou para
o recorde de US$ 500, ante
os US$ 400 do ano passado,
segundo a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Nos últimos 12 meses,
o preço de uma onça de ouro
subiu cerca de 40%, alcançando US$ 950. A alta dos
preços de commodities aumentou a atratividade do
metal como forma de proteção contra a inflação.
NOVO CAPÍTULO
A Petrobras vai criar, na
próxima semana, a Diretoria
de Biocombustíveis. Allan
Kardec, que chegou a ser cotado para o Abastecimento,
será o titular da nova diretoria. Guilherme Estrella continua na Exploração e Produção, e Paulo Roberto Costa, no Abastecimento.
LICITAÇÕES
Em janeiro, as licitações
eletrônicas no site do Banco
do Brasil subiram 158% ante
o mesmo mês de 2007. As
compras de bens e serviços
somaram R$ 885 milhões,
em 2.800 licitações realizadas por secretarias, prefeituras e empresas. O banco diz
que a licitação eletrônica
traz economia de até 40%
sobre os preços estimados.
IMPOSTO
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos
aprovou uma lei que propõe
aumento dos impostos sobre doações e heranças de
37% para 45% do valor dos
bens. A nova legislação ainda depende de aprovação do
Senado e do Executivo. Segundo avaliação de Renato
Ochman, especializado em
mercado de capitais, as eleições deste ano podem comprometer a aprovação.
TURISMO
Marta Suplicy (Turismo)
reúne-se com empresários
do setor em março, em São
Paulo, no Fórum Panrotas
2008. Marta apresentará
oportunidades para a Copa
de 2014. Companhias aéreas
também estarão no evento.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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