São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Americanos temem aplicação de fundo soberano, indica pesquisa

DA BLOOMBERG

Os norte-americanos estão preocupados com as compras de participações em empresas do país, como bancos e empresas de tecnologia, realizadas por governos estrangeiros, principalmente o da China ou de países do Oriente Médio.
Um em cada dois entrevistados disse que as aquisições de empresas americanas por fundos de investimento soberanos têm um efeito negativo sobre a economia do país, segundo pesquisa de opinião conduzida pela empresa Public Strategies Inc., consultoria com sede no estado norte-americano do Texas, que ouviu 1.000 eleitores aptos para votar. Uma em cada cinco pessoas ouvidas disse que esses investimentos são ruins para a segurança nacional.
""Quanto mais informações os americanos recebem, mais inquietos se sentem com relação" aos fundos de investimento soberanos, disse Dan Bartlett, estrategista da empresa e ex-assessor do presidente dos EUA, George W. Bush.
O número e porte dos fundos soberanos está disparando, num momento em que países asiáticos e os exportadores de petróleo do Oriente Médio buscam auferir maiores retornos com suas reservas cambiais por meio das aplicações em ações ou da compra de participações acionárias em empresas. O Citigroup Inc., por exemplo, recebeu um investimento de US$ 7,5 bilhões da Abu Dhabi Investment Authority, o fundo soberano mais rico do mundo.
Os críticos dos Estados Unidos e da Europa Ocidental estão preocupados com a possibilidade de que a gestão sigilosa patrocinada pelos governos possa permitir que os fundos direcionem seus recursos para setores estratégicos ou agitem os mercados com inesperados excedentes de recursos.
Segundo a pesquisa, para 68%, permitir investimentos estrangeiros em empresas americanas dá aos governos estrangeiros excessivo controle sobre o mercado dos EUA. Mais de 60% são contra os investimentos da China, da Rússia, da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos. A Arábia Saudita foi o país com maior percentual de rejeição -68%. A pesquisa, feita nos dias 12 e 13, tem margem de erro de 3,1 pontos.


Texto Anterior: EUA: País evitará expansão negativa da economia, diz autoridade do FED
Próximo Texto: Governo chinês vai investir no Japão, diz jornal
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.