DA BLOOMBERG

O Goldman Sachs, o Lehman Brothers e o Bear Stearns tiveram suas estimativas de lucro para o primeiro trimestre reduzidas em mais de 40% pela Sanford C. Bernstein, empresa de pesquisa de Wall Street, devido à queda da receita das áreas de banco de investimentos.
O Morgan Stanley deverá informar um lucro 12% inferior ao projetado, segundo Brad Hintz, que é pelo menos o quarto analista a reduzir suas previsões para os lucros das maiores corretoras nas últimas duas semanas devido aos prejuízos com crédito e às baixas contábeis desencadeadas pelo colapso do crédito imobiliário de alto risco ("subprime") no ano passado.
Os ativos de renda fixa e as transações em bolsa ""estarão no centro dos temores do investidor neste trimestre", escreveu Hintz em nota encaminhada hoje aos aplicadores. ""As condições do mercado continuarão difíceis até o fim de fevereiro, num momento em que se disseminam os problemas que atingem uma série de áreas abarcadas pelo mercado de renda fixa."
A receita da área de banco de investimentos deverá cair 35%, em média, para as corretoras, segundo ele. ""Os negócios com alta margem de lucro, como o de subscrição de ações e o de fusões e aquisições, viveram seus trimestres mais fracos desde 2005."
Os bancos e seguradoras informaram ter registrado mais de US$ 146 bilhões em prejuízos com crédito e baixas contábeis. Um indicador das ações de instituições financeiras ligado ao Índice Standard & Poor's 500 caiu 8,9% neste ano, depois de encerrar 2007 revelando sua mais abrupta queda dentre os 10 grupos setoriais que compõem o índice como um todo.
Hintz reduziu sua estimativa de lucros para o Goldman Sachs, o maior banco de investimento do mundo, em 45%, para US$ 3,03 por ação. Sua projeção para o Morgan Stanley, o segundo maior banco do segmento, foi reduzida em 12%, para US$ 1,49 por ação.
Ele também rebaixou seu prognóstico para o Bear Stearns, o quinto maior banco de investimento dos EUA, em 41%, para US$ 1,59 por ação, e reduziu sua estimativa para o Lehman Brothers, o quarto maior, em 42%, para US$ 1,15 por ação.
Todas as quatro instituições de investimento deverão divulgar seus resultados em março.


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