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LATICÍNIOS
Itambé diz não à Friboi e quer a fusão de cinco cooperativas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
A Itambé, maior cooperativa de laticínios e terceira
maior indústria do setor no
país, com cinco unidades
produtoras, recusou, no mês
passado, uma oferta de aquisição pela Friboi e trabalha
agora para que aconteça uma
fusão entre cinco cooperativas de leite.
Se acontecer a fusão entre
as mineiras Itambé, Cemil e
Minas Leite, a paranaense
Confepar e a goiana Centroleite, a nova empresa passaria a ser a maior do setor de
laticínios no país em volume,
com 2,5 bilhões de litros de
leite por ano. Ultrapassaria a
Nestlé (com cerca de 1,9 bilhão de litros) e a Perdigão
(aproximadamente 1,5 bilhão). Sozinha, a Itambé responde hoje por cerca de 1,2
bilhão de litros por ano.
Na segunda quinzena de
março, a PricewaterhouseCoopers (empresa de auditoria) deve entregar os estudos
finais sobre a fusão, com a
parte que caberia a cada um
no negócio. Depois, ocorreriam as conversas finais entre as cooperativas, que poderiam concretizar a fusão.
"Se o pessoal concordar
com as avaliações que a auditoria definir, virá a fase mais
burocrática, com diligências,
contratos, advogados. Mas,
se os números forem validados por todos, é um grande
avanço", disse Jacques Gontijo, presidente da Itambé.
Em 2009 algumas dessas
cooperativas já conversaram
sobre a união, mas não houve
acordo. "Estou muito animado", afirmou Gontijo.
A recusa à proposta da Friboi foi feita no mesmo dia em
que ela foi apresentada em
janeiro. Mas essa não foi a
primeira proposta a ser recusada. No final de 2009, outras duas grandes empresas
procuraram a Itambé também com propostas de compra, ambas recusadas. A empresa não quis revelar os nomes dos interessados.
Gontijo diz que "o mundo
está levando" as empresas a
se unirem para que sejam
competitivas e que as cooperativas não estão imunes a isso. Mas a intenção da Itambé, diz ele, é que a fusão não
fique apenas na criação de
uma megacentral de cooperativas. Desde já, os envolvidos fazem planos e discutem
a viabilidade de transformar
a futura megacentral em
uma S/A., com a participação
de um sócio estratégico, como a BNDESPar.
(PP)
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