São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Depois de queda de 2,68%, Bolsa passou a registrar baixa em março; mercado espera ata do Copom

Bovespa passa a acumular perda no mês

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo não conseguiu se descolar do nervosismo do mercado internacional e encerrou ontem com queda 2,68%. No mês, as perdas da Bolsa passaram a 0,4%.
O dólar fechou com valorização de 0,38%, a R$ 2,913, maior valor em quase dois meses.
No pregão da Bolsa, os investidores se mostraram cautelosos. Isso fez o giro financeiro registrado ontem ser bastante pequeno, ficando em apenas R$ 692 milhões.
O mercado se tornou bastante tenso após a notícia do assassinato do líder religioso Ahmed Yassin, fundador do grupo palestino Hamas.
O temor de novos atentados fez os investidores reavaliarem suas posições no mercado.
Das 54 ações que formam o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista), apenas 4 subiram.
O papel com direito a voto (ON) da Embratel Participações liderou os ganhos, com alta de 2,4%. Essa ação tem enfrentado uma verdadeira montanha-russa por conta da venda de seu controle pela norte-americana MCI.
Já os papéis preferenciais da empresa de telefonia ficaram com a segunda maior baixa do dia. O recuo da ação PN da Embratel foi de 6,1%. Na semana passada esse papel acumulou valorização de 10,5%.

Espera
Nos próximos dias, o mercado estará atento à divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária). A ata trará explicações sobre os motivos encontrados pelos diretores do Banco Central para reduzir a taxa básica de juros da economia de 16,5% para 16,25% ao ano.
O mercado de juros futuros se acalmou após a forte movimentação da semana passada.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas dos contratos DI (que seguem os juros interbancários) fecharam praticamente estáveis. O número de contratos DI negociados foi pequeno, ficando em apenas 156 mil.
As críticas de parlamentares e ministros do governo Lula não chegaram a trazer nervosismo, mas contribuíram para o mau humor do mercado.
A informação de que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, criticou o titular do Planejamento, Guido Mantega, não foi bem vista pelos investidores.


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