São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2005

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INFRA-ESTRUTURA

Para executivo, problema maior é nos portos

Demanda causa "apagão logístico" no país, afirma presidente da Vale

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, disse ontem que há "um apagão logístico" no país, provocado pela forte demanda mundial por commodities. "Já está faltando capacidade de transporte no país. O gargalo principal é no sistema portuário", afirmou.
Clientes dos serviços de logística da empresa, especialmente os que buscam os serviços da Vale para vender no mercado spot (de oportunidade, sem contratos firmes de longo prazo), estão tendo seus pedidos de fretes tanto ferroviários como portuários recusados. Os produtos mais afetados são soja, minério e ferro-gusa.
Agnelli disse que os terminais portuários da Vale no Espírito Santo e no Maranhão têm sempre uma fila de espera superior a 20 embarcações. Por causa da demora, a companhia teve de pagar R$ 80 milhões em multas em 2004.

Investimento em Carajás
Empolgado com a forte demanda mundial por minério de ferro, Agnelli anunciou que a Vale do Rio Doce investirá US$ 500 milhões para aumentar a produção de suas reservas em Carajás (Pará) -dos atuais 70 milhões de toneladas ao ano para 100 milhões.
A Vale obteve, em 2004, lucro recorde de R$ 6,460 bilhões -43,3% a mais do que os R$ 4,509 bilhões de 2003. O resultado só foi inferior ao da Petrobras.


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