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Brasil perde posto no BID para o México
Enquanto mira posição de maior poder, representação brasileira fica fora da vice-presidência do banco
DENYSE GODOY
DE NOVA YORK
De olho em uma vice-presidência de maior poder no BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Brasil cedeu
a de Finanças e Administração
para o México.
Desde abril de 2006 o posto
era ocupado pelo ex-secretário
brasileiro do Tesouro Joaquim
Levy, que deixou o cargo no início do ano para assumir a secretaria da Fazenda do Estado do
Rio de Janeiro. Seu substituto
no BID foi anunciado no último
dia 15: Carlos Hurtado, ex-subsecretário de Orçamento do
Ministério da Fazenda mexicano. Antes de Levy, o titular era
João Sayad, também brasileiro.
A principal função da vice-presidência de Finanças e Administração é a gestão da estrutura interna do banco.
Para dar agilidade ao BID e
aproximá-lo da realidade dos
países-membros do banco, foram criadas em 2007 três novas
vice-presidências: a do setor
privado, a de conhecimentos e
setores e a de países e operações soberanas.
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do
Planejamento brasileiro e governador do banco, José Carlos
Miranda, explica que à vice-presidência de países estarão
subordinadas todas as representações do BID no continente americano e o orçamento das
demais vice-presidências. Com
a descentralização, as unidades
regionais também terão maior
autonomia para gerenciar projetos -daí o interesse do Brasil.
As negociações com o banco
estão adiantadas, mas não foram definidas. "O país é o segundo maior acionista do BID.
O BID precisa mais do Brasil do
que o Brasil dele", diz Rogério
Studart, diretor-executivo do
banco.
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