São Paulo, sexta-feira, 23 de março de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil perde posto no BID para o México

Enquanto mira posição de maior poder, representação brasileira fica fora da vice-presidência do banco

DENYSE GODOY
DE NOVA YORK

De olho em uma vice-presidência de maior poder no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o Brasil cedeu a de Finanças e Administração para o México.
Desde abril de 2006 o posto era ocupado pelo ex-secretário brasileiro do Tesouro Joaquim Levy, que deixou o cargo no início do ano para assumir a secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. Seu substituto no BID foi anunciado no último dia 15: Carlos Hurtado, ex-subsecretário de Orçamento do Ministério da Fazenda mexicano. Antes de Levy, o titular era João Sayad, também brasileiro.
A principal função da vice-presidência de Finanças e Administração é a gestão da estrutura interna do banco.
Para dar agilidade ao BID e aproximá-lo da realidade dos países-membros do banco, foram criadas em 2007 três novas vice-presidências: a do setor privado, a de conhecimentos e setores e a de países e operações soberanas.
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento brasileiro e governador do banco, José Carlos Miranda, explica que à vice-presidência de países estarão subordinadas todas as representações do BID no continente americano e o orçamento das demais vice-presidências. Com a descentralização, as unidades regionais também terão maior autonomia para gerenciar projetos -daí o interesse do Brasil.
As negociações com o banco estão adiantadas, mas não foram definidas. "O país é o segundo maior acionista do BID. O BID precisa mais do Brasil do que o Brasil dele", diz Rogério Studart, diretor-executivo do banco.


Texto Anterior: Ação judicial de indenização é inédita no país
Próximo Texto: Tecnologia: Oracle acusa rival de "roubo corporativo"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.