São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2010

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Oi paga US$ 200 mi para patrocinar a Copa

É a primeira empresa brasileira a entrar para o grupo de seis patrocinadores globais do Mundial de 2014; resta uma vaga

Com a iniciativa, a operadora competirá na visibilidade do futebol com a Vivo, que tem sua marca no uniforme da seleção

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Em disputa travada pelas teles para ganhar visibilidade com a Copa do Mundo e a seleção brasileira, a Oi foi apresentada pela Fifa como a ""primeira brasileira patrocinadora global do Mundial de 2014". Em 2005, a Vivo já havia colocado sua marca no uniforme da seleção. O contrato terá validade até a Copa do Mundo do Brasil. A empresa paga US$ 15 milhões anuais, cerca de R$ 25 milhões, aos cofres da CBF.
Pelo acordo anunciado ontem, a Oi entra para o grupo de patrocinadores da Copa, que conta com apenas seis empresas (já estão definidos McDonald's, Castrol, Continental e Budweiser). O valor não foi anunciado oficialmente, mas supera os US$ 200 milhões.
O presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, limitou-se a dizer que o patrocínio da Fifa ""supera várias vezes" a cota paga no Pan-07. Na ocasião, a Oi gastou cerca de US$ 25 milhões no evento carioca.
Na semana passada, a Fifa anunciou que estimava arrecadar cerca de US$ 3,8 bilhões nos quatro anos que antecedem o Mundial-14.
""Vamos dar o tempero brasileiro na Copa. Com essa parceria, mostramos também a intenção de internacionalizar a marca", disse o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco.
O anúncio de patrocínio global para o Mundial de 2014 criou um mal-estar no Itaú. Em abril de 2009, o banco anunciou que era o primeiro brasileiro ""patrocinador oficial da Copa do Mundo de 2014 no Brasil". A empresa acreditava que tinha comprado os mesmos direitos globais que a Oi garantiu ontem. No final da tarde, o banco informou que era apenas ""patrocinador local" da Copa. A cota é mais barata e não tem a mesma visibilidade nos estádios e exposição internacional. A Fifa classifica a cota comprada pelo Itaú como de ""apoiadores nacionais".
Além de dinheiro, a Oi será ""o provedor oficial de serviços de telecomunicações" durante a competição esportiva de 2014, em setores importantes como a telefonia, a transferência de dados e a internet.
A empresa está presente em 97% do território nacional, mas não opera em São Paulo com telefonia fixa.
""Caso não tenhamos rede, vamos investir. Não é nada que não façamos no nosso dia a dia", disse Falco.
Falco não sabia ontem o valor do investimento da empresa na operação nem a tecnologia a ser usada. ""Ainda está cedo para ter uma definição sobre a tecnologia", disse o presidente da empresa, acrescentando que tem planos de investir em países na América Latina, África e Oriente Médio.
Até a conclusão desta edição, a Vivo não havia informado os planos da empresa para os dois próximos Mundiais.


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