São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2010

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Pesquisador cria versão ornamental sem espinhos

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

Em vez da salada de fruta, um belo arranjo floral. Uma variedade de abacaxi originária da Amazônia, muito menor que a fruta original, está sendo estudada por um pesquisador do Espírito Santo para ser utilizada como planta ornamental.
O abacaxizinho cabe na palma da mão, é avermelhado, não tem espinhos nas folhas e possui um leve aroma frutado.
Até o final do mês, o pesquisador José Aires Ventura, do Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), que desenvolve comercialmente a variedade, deve registrá-la no Ministério da Agricultura -primeiro passo para iniciar a produção de mudas e o cultivo comercial.
A expectativa do pesquisador é começar a produção a partir do próximo ano e comercializá-la em floriculturas.
A tendência, segundo ele, é fazer a distribuição de mudas para cooperativas de agricultores ou associações de produtores por intermédio da Secretaria da Agricultura do Estado.
De acordo com Ventura, o abacaxizinho, ainda sem nome comercial, pode ser produzido durante todo o ano, cresce rápido e dispensa o uso de agrotóxicos, pois é resistente a doenças.
"O fruto não é comestível, pois a polpa é muito fibrosa, mas ele se presta muito bem para fins ornamentais. É muito bonito", afirma o pesquisador do Incaper.
Após cortado, o fruto dura até 40 dias em arranjos.
O abacaxizinho, da variedade erectifolius, começou a ser estudado dentro de um projeto de pesquisa iniciado há nove anos por Ventura, que busca identificar uma variedade da fruta que seja resistente à fusariose, doença que ataca o abacaxi.


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