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Funcionários da Renault param
e reivindicam reajuste de 14,61%
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Os trabalhadores da Renault de
São José dos Pinhais (PR) entraram em greve ontem, por tempo
indeterminado. Eles reivindicam
reajuste de 14,61%, a título de correção de emergência sobre os salários de sete meses atrás.
A paralisação interrompeu a
produção diária de 340 carros e
teve adesão dos cerca de 2.500
funcionários, segundo o sindicato
dos metalúrgicos de Curitiba e região metropolitana.
Por intermédio da assessoria de
imprensa, a direção da montadora admitiu a greve, mas não se
manifestou a respeito.
A greve foi deflagrada uma semana depois de uma paralisação
de advertência, que durou três
horas.
Além da greve na Renault, os
1.800 funcionários da fábrica da
Volvo de Curitiba pararam a produção por três horas, ontem, e hoje devem fazer uma assembléia
para decidir se haverá ou não uma
greve prolongada. O mesmo
ocorre com os trabalhadores da
Volkswagen-Audi, de São José
dos Pinhais.
Os trabalhadores das três montadoras rejeitaram as propostas
das empresas de abono de R$ 360
(Renault) e R$ 400 (Volvo e
Volks-Audi), parcelado em três
vezes.
A média de salários pagos na linha de produção da Renault é de
R$ 780, segundo o sindicato da
categoria. Os R$ 360 de abono seriam concedidos sobre salários de
até R$ 1.200. Os funcionários que
têm salários mais elevados teriam
antecipações menores.
"O que a Renault está oferecendo não chega nem perto de cobrir
os prejuízos dos trabalhadores
com as perdas", disse o presidente
do sindicato, Sérgio Butka. A entidade é ligada à Força Sindical, e o
movimento tem ligação com o
que ocorre nas fábricas de São
Paulo.
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