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São Paulo, quarta-feira, 23 de abril de 2003

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Funcionários da Renault param e reivindicam reajuste de 14,61%

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Os trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais (PR) entraram em greve ontem, por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajuste de 14,61%, a título de correção de emergência sobre os salários de sete meses atrás.
A paralisação interrompeu a produção diária de 340 carros e teve adesão dos cerca de 2.500 funcionários, segundo o sindicato dos metalúrgicos de Curitiba e região metropolitana.
Por intermédio da assessoria de imprensa, a direção da montadora admitiu a greve, mas não se manifestou a respeito.
A greve foi deflagrada uma semana depois de uma paralisação de advertência, que durou três horas.
Além da greve na Renault, os 1.800 funcionários da fábrica da Volvo de Curitiba pararam a produção por três horas, ontem, e hoje devem fazer uma assembléia para decidir se haverá ou não uma greve prolongada. O mesmo ocorre com os trabalhadores da Volkswagen-Audi, de São José dos Pinhais.
Os trabalhadores das três montadoras rejeitaram as propostas das empresas de abono de R$ 360 (Renault) e R$ 400 (Volvo e Volks-Audi), parcelado em três vezes.
A média de salários pagos na linha de produção da Renault é de R$ 780, segundo o sindicato da categoria. Os R$ 360 de abono seriam concedidos sobre salários de até R$ 1.200. Os funcionários que têm salários mais elevados teriam antecipações menores.
"O que a Renault está oferecendo não chega nem perto de cobrir os prejuízos dos trabalhadores com as perdas", disse o presidente do sindicato, Sérgio Butka. A entidade é ligada à Força Sindical, e o movimento tem ligação com o que ocorre nas fábricas de São Paulo.


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