São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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Para mercado, Copom foi até otimista

DA REPORTAGEM LOCAL

A divulgação da ata da última reunião do Copom foi o primeiro evento relevante para o mercado financeiro após o retorno do feriado de quarta. A avaliação de economistas e analistas financeiros foi a de que o Banco Central se mostrou até otimista com temas como inflação e cenário externo na ata.
A impressão que ficou para os economistas consultados é que a ata mostra que o Copom (Comitê de Política Monetária, formado por diretores e pelo presidente do BC) seguirá cauteloso, reduzindo os juros suave e gradualmente.
"A ata não trouxe nada de novo ou surpreendente. O que ficou claro é que o BC vai seguir realizando pequenos cortes nos juros", diz Rodrigo Boulos, economista do banco Santos. Nas suas últimas duas reuniões, o Copom reduziu os juros básicos (hoje em 16%) em 0,25 ponto percentual. A decisão recebeu críticas de diversos setores da sociedade, que pedem cortes mais fortes nos juros.
Em relatório, a consultoria Global Invest diz que o BC deveria "aproveitar o momento ainda favorável no cenário macroeconômico para realizar reduções mais acentuadas na taxa de juros, pois certamente ficará mais difícil promover qualquer redução a partir do segundo semestre".
Na BM&F, a taxa do contrato DI (juro interbancário) de prazo mais curto fechou a 15,74%, o que mostra expectativa de que os juros irão ter redução de 0,25 ponto percentual no mês que vem.

Manutenção
Para a consultoria GlobalStation, se a inflação no atacado não mostrar uma razoável desaceleração, o Copom não deve reduzir os juros em maio. "A manutenção dos juros se mostra cada vez mais provável, e acreditamos que a Selic não fique abaixo dos 15% em 2004", diz a consultoria.


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