São Paulo, sexta-feira, 23 de abril de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Risco-país recua para 616 pontos, mas acumula elevação de 13% em duas semanas; dólar fica estável

Em dia de oscilação forte, Bolsa sobe 0,3%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa não acompanhou de perto a recuperação das Bolsas norte-americanas. Os investidores não viram sinais na ata do Copom, divulgada ontem, de que a atual política econômica poderia mudar. Com isso, a Bolsa subiu apenas 0,3%, depois de muita oscilação durante o dia. O dólar fechou estável, a R$ 2,928.
O que o mercado entendeu ao ler a ata é que as reduções nos juros continuarão a serem feitas, mas de forma bastante gradual. As apostas predominantes são as de que os juros cairão, como nas duas últimas reuniões do Copom, apenas 0,25 ponto percentual.
Uma redução de juros nessa magnitude não tem forças para dar ânimo ao mercado de renda variável, avaliam analistas.
O risco-país devolveu parte da alta de quarta-feira. Ontem, fechou em baixa de 3,45%, aos 616 pontos. O risco-país médio dos latino-americanos recuou 1,6%.
Apenas nas duas últimas semanas, o risco-país brasileiro acumulou elevação de 13%. O risco dos emergentes sofreu forte pressão nos últimos dias devido à crescente expectativa de que os juros subirão nos EUA antes do esperado pelos analistas.
No mercado de juros futuros, apenas os contratos mais longos sofreram pressão ontem. O DI (contrato que segue a oscilação dos juros interbancários) que vence daqui a um ano fechou ontem com taxa de 15,75%, ante 15,67% de terça-feira.

Ações
Na Bolsa de Valores de São Paulo, as ações de companhias siderúrgicas voltaram a perder com a perspectiva de um cenário internacional mais adverso, aliado à eventual desaceleração do forte ritmo da economia chinesa, grande importadora de aço.
O papel PNA da Vale do Rio Doce foi o que mais caiu entre as ações mais negociadas, ao fechar com perdas de 4,2%. Em seguida vieram Gerdau PN, com baixa de 3,9%, e Usiminas PNA, com recuo de 3,4%.
Entre os destaques de alta, ficou a ação com direito a voto da Embratel, que subiu 5,2%, movida pela informação de que a Telmex elevou sua proposta pela empresa para US$ 400 milhões.
As ações preferenciais da Ipiranga Petroquímica dispararam 12,1% e lideraram os ganhos da Bolsa. Boatos sobre a venda da empresa para a Petrobras motivaram a compra dos papéis.


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