PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

As concessionárias Toyota em Minas suspenderam as vendas do Corolla, como havia determinado o Procon estadual, mas continuaram recepcionando os clientes para apresentar o veículo a eles, enquanto esperam que a montadora japonesa derrube a decisão na Justiça.
Porém o dia terminou sem solução. A montadora divulgou nota em que disse que vai tomar "as medidas necessárias" para reverter a proibição decretada pelo Procon, que é vinculado ao Ministério Público Estadual.
"A Toyota do Brasil respeita, mas não concorda com a decisão de suspender as vendas do Corolla no Estado de Minas Gerais e tomará as medidas necessárias que preservem seus direitos."
A decisão administrativa do Procon se baseou nos relatos de consumidores de BH cujos veículos tiveram problemas de aceleração repentina e involuntária. Em um dos acidentes, houve perda total do veículo e a condutora sofreu ferimentos leves.
Os problemas teriam ocorrido porque o tapete deslizou e travou o acelerador. Eles estariam sem a presilha que os fixa ao assoalho.
Na nota, a Toyota reafirmou que essa é a causa dos problemas -os quais disse "reconhecer e lamentar"-, mas afirmou que não justificam um recall porque não há relação com os defeitos com o pedal do acelerador de carros da marca no exterior.
"Após análise desses casos, a Toyota identificou que o retorno do pedal do acelerador foi afetado pelo mau posicionamento ou a instalação incorreta do tapete do motorista, assim como pelo uso de tapetes não genuínos, incompatíveis com o projeto do veículo."
A Toyota não esclareceu se tapetes "não genuínos" foram entregues aos clientes pelas concessionárias ou se os próprios clientes os adquiriram no mercado paralelo.


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