|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRISE NO AR
Créditos de US$ 500 mi virariam ações da empresa
Boeing aceita substituir dívidas por participação na "nova Varig"
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Boeing afirmou ontem que
vai negociar a transformação dos
créditos que tem a receber da Varig em ações da nova companhia
que surgir da fusão com a TAM.
O diretor de vendas para a
América Latina da Boeing Commercial Airplanes, Ricardo Cavero, disse que sua empresa está
abrindo uma exceção para o Brasil, ao aceitar ter participação em
uma companhia aérea.
"Nosso negócio é vender aviões,
não comprar companhias aéreas.
Mas diante da situação da aviação
do Brasil, vamos estudar o assunto", disse Cavero. A Varig deve
cerca de US$ 500 milhões à
Boeing.
A Folha antecipou os planos de
a Boeing ser incluída como sócia
da "nova Varig". Pela primeira
vez, no entanto, Cavero confirmou essa possibilidade.
Uma das idéias dos negociadores da fusão da Varig com TAM é
de que a Boeing aceite ações da
"nova Varig" em troca da exclusividade no fornecimento de aviões
no futuro. O que excluiria a Airbus, atual fornecedora da TAM.
"Não posso falar sobre essas negociações de exclusividade."
O consultor e representante da
Airbus no Brasil, Mário Sampaio,
disse à Folha, no entanto, que a
empresa européia aceitará um
acordo de exclusividade da "nova
Varig" com a Boeing.
"Estamos acompanhando de
longe os entendimentos para a fusão. A Airbus não vai deixar que a
nova companhia aérea tenha um
fornecedor só", disse Sampaio.
A TAM afirma não ter dívidas
vencidas, mas R$ 1,8 bilhão a pagar a longo prazo. Os negociadores da fusão querem incluir também a Airbus como sócia da "nova Varig" -o que descartaria a
exclusividade na venda de aviões.
Sampaio disse que a Airbus não
quer ser acionista da "nova Varig", mas pode mudar de posição.
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Tráfego aéreo: DAC reduz vôos em Congonhas, no Santos Dumont e na Pampulha Índice
|