São Paulo, sexta-feira, 23 de maio de 2008 |
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Gabrielli defende partilha de produção
Presidente da Petrobras quer novas regras no setor petrolífero porque risco agora é menor, e financiamento, mais fácil
O presidente da Petrobras,
José Sergio Gabrielli, diz preferir o sistema de partilha de produção na redefinição da Lei do
Petróleo, que defende que seja
alterada depois da descoberta
dos megacampos de Tupi e Carioca. "Acho que tem de mudar
a lei", disse, justificando que a
legislação atual foi elaborada
num ambiente de riscos exploratórios elevados e capacidade
de financiamento baixa. FOLHA - Do ponto de vista das novas descobertas, do pré-sal, qual o melhor modelo? GABRIELLI - Na minha visão pessoal, não é a da Petrobras, o sistema regulatório brasileiro foi montado num momento em que os riscos exploratórios eram muito altos e a capacidade de financiamento era muito baixa. Então, você montou um projeto de lei em 1998 para estimular o investimento num cenário arriscado, portanto com alto retorno. Hoje você tem baixo risco exploratório com o pré-sal e capacidade de financiamento. O quadro no qual a lei atual foi montado mudou. Nesse sentido, acho que tem de mudar a lei, para permitir tratar com essa realidade nova. FOLHA - Qual o modelo ideal: partilha de produção, prestação de serviço?
FOLHA - O presidente da Agência
Nacional do Petróleo, Haroldo Lima,
vem dizendo que seria mais interessante aumentar as alíquotas da participação especial e tocar as licitações para a frente do que negociar a
alteração de uma lei no Congresso,
que pode demorar. O que o sr. acha?
FOLHA - Mas pode aumentar a participação nessas áreas?
FOLHA - Ou seja, aumentar a alíquota pode não ser a melhor opção?
FOLHA - O IBP [Instituto Brasileiro
de Petróleo] defende o aumento da
participação para até 80%...
FOLHA - Para a Petrobras, então, o
melhor seria a partilha de produção?
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