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análise
EUA precisam voltar atenção para sua moeda
DO "FINANCIAL TIMES"
Acabou o tempo em que
um funcionário americano
podia dizer, como no governo de Richard Nixon: "O dólar pode ser nossa moeda,
mas isso é problema seu".
Parece passado também a
colocação do atual secretário
do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, em janeiro,
quando ele acusava a China
de manipular seu câmbio.
Os acontecimentos seguintes obrigaram o Tesouro
a olhar para os problemas internos. O dólar comercial
caiu 10% após atingir, em
março, seu pico em três anos,
o que levou Geithner a dizer
que sua "obrigação básica" é
implementar políticas que
garantam a confiança "em
nossa moeda, que manteremos um dólar forte".
Um dólar forte é certamente de interesse dos EUA.
Mas a vantagem de se financiar emitindo abundantes
IOUs ("eu devo a vocês")
agora enfrenta o seu maior
teste, com o déficit orçamentário dos EUA atingindo 13%
do PIB e obrigações não financiadas alcançando quatro vezes o tamanho do PIB.
Bill Gross, da Pimco, diz que
não demorará muito para os
EUA perderem a classificação máxima de sua nota de
crédito. Alguns até se referem ao "peso americano".
A China, por exemplo, deixou claro o seu ponto de vista
ao chamar de "política equivocada" a decisão do Fed de
imprimir dinheiro para comprar títulos do Tesouro.
E, apesar de nenhuma
moeda aparecer ainda como
séria rival, os credores precisam de garantias de que os
EUA valorizam a solvência
de longo prazo. Senão, o status especial do dólar acabará.
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