|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Metade espera queda na exportação, diz Ciesp
DA REPORTAGEM LOCAL
Quase metade das indústrias
consultadas na pesquisa do
Ciesp espera queda nas exportações neste mês. Apesar de o
percentual ser elevado (48%),
se mantém no mesmo patamar
do resultado de junho de 2006
ante junho de 2005.
"Não aumentou o número de
empresas que acreditam que a
situação deva se agravar. Portanto, quem está com problema
para exportar continuará tendo. Quem não está continuará
exportando", diz Carlos Cavalcanti, economista do centro.
Mesmo nos setores mais prejudicados pelo câmbio -caso
de calçados e têxtil- a situação
tende a se estabilizar. "As empresas estão fazendo esforço
para enfrentar o problema
cambial, reestruturando sua
produção e definindo novos
produtos", diz Saulo Pucci Bueno, empresário do setor de calçados e vice-presidente do
Ciesp. Para obter melhores resultados, as empresas redirecionam a produção para novos
mercados e reduzem turnos.
Com 12 unidades e 2.200
funcionários, a indústria Amazonas, fornecedora de solados,
saltos e componentes para calçados, espera estabilidade nos
negócios neste mês e "ligeiro"
crescimento a partir de agosto.
"Até dezembro deve haver forte concentração no mercado
interno, que será disputado a
"cotoveladas", para não dizer "a
tapas". A partir de 2008, quem
tiver preço e design para oferecer ao mercado deve enfrentar
uma situação melhor", diz Pucci, um dos sócios da Amazonas.
Entre as empresas que responderam que esperam queda
nas exportações, 22% disseram
que a previsão é a de redução
acentuada. Para quase um terço, a expectativa de exportação
se mantém estável neste mês
em relação a junho de 2006.
PAC
Sete em cada dez empresas
responderam que não sentiram
ainda nenhum impacto nas
condições de infra-estrutura
do país após o anúncio do PAC
em janeiro. Segundo Cavalcanti, chama a atenção o fato de
14% das 641 empresas consultadas terem dito que as condições de infra-estrutura são insatisfatórias e tendem a piorar.
"Isso revela a descrença em
relação ao governo e deve servir
de alerta. A falta de perspectiva
na melhora na infra-estrutura
pode levar a inibição dos investimentos. É preocupante o que
isso representa em termos de
perda de competitividade para
a indústria brasileira", afirma o
economista.
(CR)
Texto Anterior: Indústria paulista espera crescer com mercado interno Próximo Texto: Receita e PF desmontam sonegação de IPI com cigarro Índice
|