São Paulo, sábado, 23 de junho de 2007

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Agilidade da pequena indústria nivela moda popular à de luxo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A ameaça de migração de valor do vestuário para itens de concorrência indireta se agravou com outra mudança no mercado. Graças à agilidade das pequenas confecções, luxo e massa passaram a ter estilos semelhantes.
"O fast-fashion igualou o nível de moda nesses mercados. Está tudo comoditizado: é fácil confundir um jeans de R$ 600 com um de R$ 32 e optando pelo mais em conta ainda sobra dinheiro para comprar um tocador de mp3 e jantar em um bom restaurante", observa o consultor Luís Taniguchi.
Diante desse cenário, a estratégia de diferenciação no varejo de moda agora é outra. Ficou para trás a tradicional segmentação do público apenas por sexo, idade, renda ou etnia. "Hoje é muito mais por estilo de vida. O mercado se sofisticou muito", diz Sylvio Mandel, presidente da Abeim (Associação Brasileira do Varejo Têxtil).
As grandes redes investem bem mais em performance dos produtos -facilidade de manuseio e coordenação das peças, conferindo praticidade à coleção- e ainda em criar identificação e agregar valor à marca, com publicidade e ambientação de lojas entre outros recursos. "A mulher não tem mais tempo para passar a tarde procurando onde comprar. Ela bate o olho e se gostar já compra tudo ali, faz cartão da loja e vira freguesa", diz Mandel.


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