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Liderança teme que dinheiro não chegue ao campo
GITÂNIO FORTES
DA REDAÇÃO
Lideranças do setor rural
apoiaram o Plano Agrícola e
Pecuário 2009/10, mas temem que boa parcela do volume recorde de recursos para financiamento da nova safra fique longe do campo, a
exemplo do que ocorre no
atual ano agrícola, quando
20% a 25% do dinheiro disponível deixou de ser usado.
Márcio Lopes de Freitas,
presidente da Organização
das Cooperativas Brasileiras,
afirmou que o plano tem
avanços "não apenas no volume de recursos, mas em
mecanismos para alocá-los".
O presidente da Sociedade
Rural Brasileira, Cesário Ramalho, saudou o aval do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva à ideia de um fundo garantidor do agronegócio -a
exemplo do que existe para
pequenas empresas e no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, notícia que a
Folha antecipou anteontem.
É preciso definir de onde
vêm os recursos e o total disponível, afirmou Ramalho. A
CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)
espera valor na faixa de R$ 7
bilhões a R$ 10 bilhões.
"Se já foram criados fundos para outros segmentos
da economia, por que não
para o agronegócio, que representa um terço do PIB?",
disse, por meio de nota, a
presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO).
O deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR), coordenador político da Frente
Parlamentar da Agropecuária, lembrou que o setor tem
alto estoque de dívidas, estimado em R$ 120 bilhões.
Para que esse número não
dispare, afirmou que o setor
pode se beneficiar do aprimoramento do seguro rural
e da redução da dependência
de fertilizantes importados.
Sobre o seguro rural, Micheletto espera que no próximo mês o relatório do
Fundo de Catástrofe seja votado no Congresso e, em
agosto, siga para sanção da
Presidência da República.
O congressista disse torcer
para que a política para incentivar a produção nacional
de fertilizantes saia do papel.
Segundo Fábio Meirelles,
presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária do
Estado de São Paulo, essa é
uma medida fundamental
para diminuir pressões sobre o custo de produção.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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